Libertado ex-ministro ‘bolsonarista’ investigado por ataques de 08 de janeiro no Brasil

O ex-ministro da Justiça brasileiro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, que estava detido por uma alegada omissão nos atos de vandalismo promovidos por ‘bolsonaristas’ em 08 de janeiro, foi libertado na quinta-feira.

Libertado ex-ministro 'bolsonarista' investigado por ataques de 08 de janeiro no Brasil

A liberdade provisória de Torres foi concedida pelo juiz Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), que o autorizou a sair da prisão mediante o cumprimento de medidas cautelares como o uso de pulseira eletrónica, permanecer no Distrito Federal e não sair de casa à noite e ou ao fim de semana.

Torres, um aliado próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro, é investigado por omissão já que comandava a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, que tem a função de proteger edifícios públicos na capital brasileira, mas no dia dos ataques, além de não ter organizado um plano de segurança, estava em Orlando com a família antecipando férias oficialmente marcadas para dia 9 de janeiro.

Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram em 08 de janeiro as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.

A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes do anterior presidente, derrotado por Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios para exigir que o novo Governo fosse derrubado.

Após os atos de vandalismo, o STF afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, já de volta ao cargo, considerando que tanto o governador como Torres terão atuado com negligência e omissão.

A justiça brasileira também investiga Jair Bolsonaro para esclarecer se este teve participação na instigação dos ataques, e também estão a ser investigados funcionários públicos e outras autoridades suspeitas de omissão ou de facilitação daquelas ações.

 

CYR // VM

By Impala News / Lusa

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