JMJ: Moedas garante que trabalhos estão avançados e dentro dos ‘timings’

O presidente da Câmara de Lisboa garantiu hoje que os trabalhos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) estão avançados e “‘dentro dos timings'”, após um encontro com o cardeal de Madrid, em Espanha, país com mais inscritos no evento.

JMJ: Moedas garante que trabalhos estão avançados e dentro dos 'timings'

“Estamos prontos, sentimos isso nas equipas, temos trabalhos muito avançados. (…) Não estamos atrasados, estamos a fazer tudo dentro dos ‘timings'”, disse Carlos Moedas aos jornalistas em Madrid, após um encontro com o cardeal Carlos Osoro.

Espanha é o país com maior número de inscritos oficialmente para participar na JMJ de Lisboa, entre 01 e 06 de agosto: cerca de 120 mil dos mais de 400 mil inscritos são espanhóis.

Por outro lado, prevê-se que Madrid seja a cidade a partir de onde jovens oriundos das outras partes do mundo, como a América Latina, viajarão para Lisboa.

“Temos de ter uma articulação grande com a diocese de Madrid. Muito se vai também passar aqui, muitas pessoas chegam aqui e vão para Lisboa. Temos de ter tudo bem organizado”, disse o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML).

Apesar de a questão da mobilidade de milhares de jovens para participarem na JMJ, considerada o maior evento da Igreja Católica, ser responsabilidade governamental, o presidente da CML assegurou que a autarquia “está também a trabalhar naquilo que pode ajudar” em relação a essa questão e congratulou-se por os ministros da Administração Interna de Portugal e Espanha estarem hoje a analisar a questão das fronteiras e a possibilidade de reposição de controlos durante a jornada.

Carlos Moedas considerou que “há preocupações de segurança”, que devem ser tratadas e trabalhadas entre os dois países “para que tudo corra bem”, de forma a evitar o que aconteceu, por exemplo, na JMJ de Cracóvia, em que houve horas de espera nas fronteiras para entrar na Polónia por causa dos controlos.

Há mais de 400 mil inscritos formais na JMJ de Lisboa, mas a previsão é que o número de participantes chegue a 1,5 milhões de pessoas.

“Um milhão de pessoas ou um milhão e meio de pessoas, numa cidade que tem 546 mil habitantes, é uma responsabilidade muito grande”, disse Carlos Moedas, que acrescentou que, porém, “a preocupação tem de ter força de preparação” e é isso que está a acontecer.

“Penso que tudo na vida é preparação, se estivermos bem preparados (…) as coisas podem passar-se melhor”, afirmou, dizendo estar confiante que é nisso que está a trabalhar o Ministério da Administração Interna em relação à questão da fronteira.

Carlos Moedas disse ficar “muito contente que esse trabalho esteja a ser feito e que os ministros estejam a falar, porque isso é importantíssimo para que tudo corra bem, porque a primeira imagem que os peregrinos vão ter é essa”.

“Se estiverem quatro horas à espera nas fronteiras é essa a primeira imagem que têm do país e isso não é bom. Portanto, esse trabalho é muito importante para que tudo corra bem”, afirmou, em resposta a questões sobre este tema e sublinhando que na reunião de hoje aquilo que abordou com o cardeal de Madrid, em termos de logística, foi sobretudo a disponibilização das escolas de Lisboa para alojamento dos participantes na JMJ.

A Diocese de Lisboa (que engloba 22 municípios) registou até 05 de maio 4.500 famílias de acolhimento de peregrinos e identificou 1.621 espaços coletivos de alojamento.

Segundo a diocese, há neste momento capacidade para receber cerca de 17 mil a 18 mil peregrinos em famílias.

A Diocese de Lisboa é composta por 288 paróquias, distribuídas pelos municípios de Lisboa, Loures, Odivelas, Amadora, Sintra, Oeiras, Cascais, Mafra, Vila Franca de Xira, Azambuja, Arruda dos Vinhos, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras, Alenquer e Cadaval, do distrito de Lisboa, e Bombarral, Lourinhã, Caldas da Rainha, Peniche, Óbidos, Nazaré e Alcobaça, do distrito de Leiria.

As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

MP (FAC) // MLS

By Impala News / Lusa

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