Jerónimo defende nova travessia do Tejo e responsabilização da Lusoponte

O secretário-geral do PCP defendeu mais investimento em infraestruturas, com uma nova ponte sobre o rio Tejo

Jerónimo defende nova travessia do Tejo e responsabilização da Lusoponte

O secretário-geral do PCP defendeu esta quinta-feira mais investimento em infraestruturas, com uma nova ponte sobre o rio Tejo (Barreiro-Beato), e a responsabilização da empresa concessionária, Lusoponte, pelas obras de manutenção.

Jerónimo de Sousa falava aos jornalistas, num comentário aos problemas de degradação detetados na ponte 25 de Abril, noticiados esta quinta-feira pela revista Visão.

“Nós sempre alertámos para a necessidade de recuperar as infraestruturas existentes tendo em conta o grau de degradação. Quantas vezes temos falado dessa degradação? É preciso de facto investimento para impedir que essa degradação se acentue”, afirmou, à margem de um almoço comemorativo do Dia Internacional da Mulher, na Moita, Setúbal.

A revista Visão noticia esta quinta-feira a existência de um relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) a alertar para riscos graves de segurança na ponte 25 de Abril, entre Lisboa e Almada. O documento terá sido entregue há um mês e o lançamento do concurso para as reparações necessárias foi anunciado pelo Governo na quarta-feira, após o fecho da publicação.

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“No caso particular da travessia do Tejo, consideramos que era importante a concretização de uma outra ponte que ligasse, como é sabido, o Barreiro ao Beato, e que se considerasse outra questão: a Lusoponte explora as duas pontes, Vasco da Gama e 25 de Abril, arrecada receitas, mas não tem responsabilidades nas infraestruturas”, continuou o líder comunista.

Entretanto, o Presidente da República já declarou que o executivo socialista “fez o que devia ter feito” e desaconselhou alarmismos, enquanto a Ministra da Presidência esclareceu que “os mecanismos de decisão, aprovação e criação de concursos não são instantâneos”, considerando que “está em bom ritmo” o processo do início das obras.

“É uma situação que não se admite. Quem explora, quem tem lucro, não pode sacudir para o Estado a responsabilidade de corrigir as infraestruturas”, insistiu o secretário-geral do PCP, frisando ser necessário ainda conhecer o documento do LNEC e ouvir o ministro da tutela.

 

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