IL quer legislação laboral com “mais flexibilidade” entre empresas e colaboradores
O líder da IL considerou hoje que a legislação laboral deve ter “uma solução mais flexível” na relação entre “empresas e colaboradores” e disse querer fazer um balanço das alterações feitas à lei desde 2019.

Em declarações aos jornalistas após ter visitado uma empresa agroalimentar especializada em produtos laticínios, em Vila do Conde, distrito do Porto, Rui Rocha foi questionado sobre quais são as alterações à legislação laboral que considera necessárias, depois de ter admitido hoje de manhã rever a lei.
“O que me parece evidente é que nós temos de ter uma solução mais flexível de colaboração entre as empresas e os seus colaboradores, porque o resultado final dessa colaboração será seguramente mais riqueza para o país”, respondeu.
Além desta questão, Rui Rocha referiu também que, desde 2019, “entraram em vigor dois pacotes legislativos praticamente sucessivos, que trouxeram medidas mais adequadas, medidas menos adequadas”.
“Portanto, a primeira ideia da IL sobre esta matéria é fazer um balanço sobre o que entrou em vigor nestes dois pacotes legislativos, desde 2019. Ver o que funcionou e o que não funcionou, ver quais são os caminhos”, disse, considerando que este é o “momento de fazer essa avaliação”.
Interrogado sobre as declarações do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que acusou o presidente do PSD, Luís Montenegro, de “ataque à democracia” pelas considerações que fez sobre a greve na CP, Rui Rocha reiterou que o “direito à greve é inquestionável”.
“É um adquirido civilizacional das nossas sociedades e deve ser respeitado”, disse, mas ressalvou que é preciso olhar para a questão dos transportes ferroviários e perguntar se as pessoas que pagam pelo serviço “não merecem também consideração”.
“Eu não vou entrar numa discussão específica sobre a lei da greve. Estamos disponíveis para discutir a legislação laboral no seu conjunto, como acabei de dizer, mas há medidas concretas que nos parecem, pelo menos essas, da mais elementar justiça”, defendeu.
TA // PC
By Impala News / Lusa
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