Hamas confirma “ferozes batalhas” em várias zonas da Faixa de Gaza

O movimento islamita palestiniano Hamas afirmou hoje que os seus combatentes estão envolvidos em “ferozes batalhas” contra as tropas israelitas estacionadas em diversas zonas da Faixa de Gaza, incluindo no sul do enclave.

Hamas confirma

“A resistência está envolvida em ferozes batalhas com as forças de ocupação que entraram em Gaza por várias frentes”, declarou Osama Hamdan, um alto responsável do Hamas citado pela cadeia televisiva árabe Al Jazeera, referindo ainda que a milícia palestiniana está a resistir “com todas as suas forças e capacidades”.

Hamdan assegurou que os números de baixas confirmadas pelas autoridades de Israel “não refletem a realidade”, com a milícia palestiniana a reivindicar um número muito superior de baixas nas fileiras do Exército israelita.

“A resistência tem ainda muito para retribuir”, disse.

O responsável do movimento islamita palestiniano informou que nos últimos três dias a milícia destruiu total ou parcialmente cerca de 80 veículos do Exército israelita, e garantiu que os combatentes palestinianos estão preparados para enfrentar a “agressão” israelita, “independentemente da sua duração e alcance”.

Em simultâneo, Hamdan rejeitou as recentes acusações emitidas por Israel sobre supostos atos de violência sexual dos milicianos palestinianos contra mulheres israelitas durante a ofensiva de 07 de outubro, que provocou cerca de 1.200 mortos e perto de 240 reféns, parte deles já libertados.

“A propaganda sionista e norte-americana sobre violências sexuais e violações, uma tentativa de justificar o derramamento de sangue, não terá êxito”, assinalou Hamdan, que também frisou que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e “o seu Governo nazi” não conseguirão os seus objetivos em Gaza.

O alto dirigente do Hamas acusou ainda o Governo de Israel de “criar objetivos imaginários para criar uma vitória imaginária”, numa referência às declarações de Netanyahu sobre um cerco das suas tropas à casa de Yahya Sinwar, o líder do braço armado do Hamas em Gaza, e que pouco depois acabou por não ser confirmado pelo próprio Exército israelita.

Por fim, Hamdan avaliou a situação humanitária no enclave palestiniano, assinalando que atualmente seriam necessários 600 camiões com mantimentos para responder às necessidades da população de Gaza, e quando de momento apenas uma centena de camiões cruza diariamente a fronteira de Rafah, com o Egito.

“Emitimos um apelo à UNRWA [a agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina e Médio Oriente], e a Organização Mundial da Saúde para que assumam a sua responsabilidade moral e entreguem ajuda sem se submeterem aos ditames da ocupação”, acrescentou o dirigente do Hamas.

Na sequência de um ataque sem precedentes do Hamas, realizado em 07 de outubro, as forças israelitas retaliaram e desencadearam uma campanha militar contra as estruturas da milícia palestiniana em Gaza, inicialmente no norte e que se está a estender para sul do enclave, mas que tem originado igualmente uma devastação de infraestruturas civis.

PCR // SCA

By Impala News / Lusa

Impala Instagram


RELACIONADOS