França interceta dois ‘drones’ Huthis na sua primeira intervenção da missão da UE no mar Vermelho

As Forças Armadas francesas afirmaram hoje ter intercetado no espaço aéreo sobre o mar Vermelho e golfo de Aden dois ‘drones’ lançados pelos Huthis a partir do Iémen, na sua primeira intervenção no âmbito da missão naval da União Europeia (UE).

França interceta dois 'drones' Huthis na sua primeira intervenção da missão da UE no mar Vermelho

“Durante a noite de 19 para 20 de fevereiro, as fragatas francesas detetaram múltiplos ataques de ‘drones’ a partir do Iémen nas suas zonas de patrulha respetivas no golfo de Aden e no sul do mar Vermelho”, disse o Ministério da Defesa francês, ao sublinhar que “dois ‘drones’ foram intercetados”.

Desta forma, e no que se supõe ter sido a primeira intervenção militar francesa desta missão, que tenta confrontar os ataques das forças Huthis iemenitas, o ministério argumentou que “estas ações contribuem para a segurança marítima do canal do Suez e do estreito de Ormuz, e incluem-se na defesa da liberdade de navegação, objetivo da operação ‘Aspides’ da EUNAVFOR — a Força naval europeia — desencadeada em 19 de fevereiro pela UE sob comando grego”.

A UE oficializou na segunda-feira o lançamento da ‘Aspides’, pela qual quatro fragatas estão mandatadas para escoltar navios mercantes e repelir ataques dos Huthis contra embarcações que cruzam estas águas.

As forças Huthis justificam estes ataques como uma resposta à ofensiva militar israelita contra a Faixa de Gaza, desencadeada após os ataques de 07 de outubro do movimento islamita Hamas em território israelita.

Os Huthis, apoiados pelo Irão e que controlam a capital iemenita, Saná, e vastas zonas do norte e oeste do Iémen, lançaram vários ataques contra território de Israel e contra navios relacionados com Israel, e prometeram prosseguir estas ações enquanto o Exército judaico prosseguir a sua ofensiva em Gaza.

Os rebeldes iemenitas também ameaçaram atacar navios norte-americanos e britânicos que se encontram na zona, em resposta aos bombardeamentos das últimas semanas pelos dois países ocidentais contra o Iémen, que na perspetiva de Washington e Londres procuram impedir as operações dos rebeldes e garantir a liberdade de navegação na região.

PCR // JH

By Impala News / Lusa

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