Eutanásia: PS recusa voto secreto e ataca atuação política do líder do PSD

O presidente do PS recusou a proposta do líder do PSD para que os deputados decidam por voto secreto os projetos sobre eutanásia e acusou Rui Rio de se limitar a comentários sem fazer propostas concretas.

Eutanásia: PS recusa voto secreto e ataca atuação política do líder do PSD

O presidente do PS recusou hoje a proposta do líder do PSD para que os deputados decidam por voto secreto os projetos sobre eutanásia e acusou Rui Rio de se limitar a comentários sem fazer propostas concretas.

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Carlos César falava no final de uma audiência de cerca de uma hora com o Presidente da República, depois de confrontado com a ideia lançada pelo presidente do PSD para que os deputados recorram ao voto secreto no processo de decisão dos quatro projetos sobre eutanásia (PS, BE, PEV e PAN), na terça-feira, na Assembleia da República.

Perante os jornalistas, o presidente do PS começou por salientar que o tema da morte medicamente assistida não foi abordado na audiência com o chefe de Estado, defendendo, depois, o método de votação nominal dos deputados para a decisão face aos diplomas sobre eutanásia.

“Acho que não há votação mais consciente do que aquela a que se vai proceder. Cada deputado levanta-se na sua vez e dirá o que pensa sobre cada um dos projetos”, sustentou.

Depois, Carlos César criticou a atuação política do presidente do PSD.

“Dia sim dia não há sempre uma observação do dr Rui Rio sobre algo que se está a passar. Mas, infelizmente, o que nos custa ver é que ainda não houve um dia em que ele apresentasse uma única proposta sobre uma única coisa que interessasse aos portugueses”, disse.

Perante os jornalistas, o presidente do PS procurou também defender a tese segundo a qual o diploma dos socialistas sobre eutanásia é discutido e votado na terça-feira em plenário após um período longo de debate, com salvaguardas dos pontos de vista jurídico e constitucional.

Carlos César advogou que o debate de terça-feira vai ocorrer “na sequência de mais de um ano de audições e de consultas, de um esforço muito rigoroso no sentido de que a produção em termos jurídicos, legislativos e na sua conformação constitucional fossem o melhor possível”.

“Apresentamos uma boa lei que salvaguarda tudo o que é necessário salvaguardar nesse domínio”, acrescentou.

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