Emissão de dívida a 30 anos representa poupança para os contribuintes

O Ministério das Finanças assinalou que a emissão de dívida a 30 anos realizada hoje representa “uma poupança significativa para o país e para os contribuintes”.

Emissão de dívida a 30 anos representa poupança para os contribuintes

O Ministério das Finanças assinalou que a emissão de dívida a 30 anos realizada hoje representa “uma poupança significativa para o país e para os contribuintes”, num comunicado hoje divulgado.

“É de salientar que Portugal nunca tinha conseguido alcançar condições financeiras tão favoráveis para uma emissão com uma maturidade tão longa, representando uma poupança significativa para o país e para os contribuintes”, pode ler-se num comunicado hoje divulgado pelo ministério liderado por João Leão.

As Finanças reagiam assim à operação sindicada de colocação de 3.000 milhões de euros em dívida com maturidade em abril de 2052, tendo a procura atingido mais de 13 vezes o montante colocado.

De acordo com o ministério, “a escolha do prazo teve por objetivo completar a curva de rendimentos das OT [Obrigações do Tesouro], abrindo um novo ‘benchmark’ a 30 anos (abril de 2052), de forma a reforçar a qualidade do acesso ao mercado”.

O objetivo foi também “atrair investidores ‘real money’, como seguradoras e fundos de pensões, habitualmente presentes na parte longa da curva, diversificando as fontes de financiamento e favorecendo também o ‘pricing’ da restante curva em termos globais”, de acordo com as Finanças.

O gabinete de João Leão realça ainda que “o diferencial de preço a pagar pela República, por prazos mais longos, comparativamente com prazos mais curtos, encontra-se em mínimos históricos”, e a emissão com maturidade mais longa permite “alongar a maturidade média da dívida, sem contribuir desfavoravelmente para o aumento de encargos”.

“A procura pelas OT hoje colocadas vem comprovar o trabalho e a política económica e financeira que Portugal tem conseguido executar no atual contexto”, defende o Ministério das Finanças.

O Governo assinalou que “considerando a política atual do Banco Central Europeu, o livro de ordens atingiu um montante de 40 mil milhões de euros, ou seja 13,3 vezes superior à oferta de 3 mil milhões de euros”.

Assim, “tendo por referência que as OT emitidas durante o ano de 2020 tiveram uma maturidade média aproximada de 10 anos, a emissão de hoje, com prazo 30 anos (abril de 2052) e um custo de 1,022%, contribui positivamente para um alongamento da maturidade média e para a diminuição do custo médio da dívida total”, de acordo com o Governo.

Os bancos mandatados para a colocação desta emissão sindicada foram o Crédit Agricole CIB, o Deutsche Bank, o Morgan Stanley, o JP Morgan, o Nomura e o Novo Banco, de acordo com a agência Bloomberg.

Em 13 de janeiro, Portugal colocou no mercado 1.250 milhões de euros, montante máximo indicativo, em Obrigações do Tesouro (OT) a cerca de 10 e 15 anos, a juros negativos no prazo mais curto.

Foi a primeira vez que foi emitida dívida com juros negativos a 10 anos, de acordo com o Ministério das Finanças.

 

 

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