Eleições/Açores: Bolieiro reafirma apelo ao voto útil na coligação PSD/CDS-PP/PPM

O candidato à presidência do Governo Regional dos Açores pela coligação PSD/CDS-PP/PPM voltou hoje a pedir aos eleitores o voto útil na sua candidatura, para “continuar a governar bem os Açores” nos próximos quatro anos.

Eleições/Açores: Bolieiro reafirma apelo ao voto útil na coligação PSD/CDS-PP/PPM

“O interesse dos Açores é que deve prevalecer na decisão do eleitorado e, por isso, eu apelo ao voto útil na minha coligação, no meu projeto político, na minha liderança, para continuar a governar bem os Açores”, disse José Manuel Bolieiro no último dia de campanha para as eleições regionais de domingo.

O candidato e também líder do PSD/Açores, que falava durante uma ação de rua na cidade de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, referiu que “é de interesse para os Açores uma maioria de estabilidade na coligação PSD/CDS-PP/PPM”.

“Eu penso que isso interessa para os Açores, porque nós temos no país de três crises políticas e os açorianos podem dar ao país já a sua lição e resolver a crise política dos Açores no dia 04 [domingo], de forma definitiva e sem enredos e, até, que possa ser uma boa lição para o país”, justificou.

E prosseguiu: “E, por isso, o meu apelo é sim para uma maioria de estabilidade. Mas eu sou conhecido e não apenas por ouvir dizer, mas por praticar, pela capacidade de diálogo e pela conciliação, desde logo com a própria sociedade e com os parceiros sociais. E, portanto, temos que retomar a importância estratégica da estabilidade governativa e política no nosso sistema democrático e autonómico”.

Nas declarações aos jornalistas, Bolieiro também deu conta daquilo que o separa da oposição: “Os outros partidos concorrentes ao meu projeto político não têm projeto, não têm ideias, apenas falam mal da minha governação e de mim próprio e de supostas insinuações”.

“Aliás, verdadeiras insinuações de acordos secretos, porque não têm ideia nenhuma, só um vazio de ideias. E fazem a sua campanha desenvolvida no ‘bota abaixo’. E isso eu penso que o povo não gosta. E eu também estou solidário com o povo. Não gosto da política do ‘bota abaixo'”, vincou.

Na arruada, que começou junto do jardim Antero de Quental e terminou nas Portas da Cidade de Ponta Delgada, participaram os candidatos pelo círculo eleitoral de São Miguel e também Paulo Moniz (deputado social-democrata na Assembleia da República) e Pedro Nascimento Cabral (presidente da Câmara Municipal).

Questionado sobre as declarações do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que na quinta-feira, num comício em Vila Franca do Campo disse que o PSD inaugurou com o Chega uma nova aliança nos Açores, que designou de “Chega D”, e acusou a governação de Bolieiro de aumentar a pobreza, respondeu que é “um disparate”.

“É um disparate de quem não tem propostas para apresentar, não sabe ao que vem e quer fazer no discurso nacional que lhe interessa um enredo regional”, disse.

Durante a arruada, Bolieiro distribuiu beijos e abraços e fez apelos ao voto: “Temos que ter um voto jovem muito forte pela estabilidade governativa”, apelou a um grupo de jovens com quem se cruzou.

Já uma jovem abordou-o na rua, pediu para tirar uma fotografia e desejou-lhe “boa sorte” para domingo.

A caravana da coligação PSD/CDS-PP/PPM foi hoje encabeçada por quatro músicos que tocavam acordeão, bombo, cavaquinho e ferrinhos e animavam as ruas do centro de Ponta Delgada.

No último dia da campanha da coligação, além de bandeiras no ar, ouviu-se cantar “Não para, não para e não pode parar”, numa alusão à importância da permanência do líder social-democrata no próximo executivo açoriano.

Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.

Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.

ASR // MCL

By Impala News / Lusa

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