Comissão técnica do novo aeroporto pede aos 2 principais partidos novo consenso

A Comissão Técnica Independente (CTI) do novo aeroporto recomendou ao futuro Governo e ao maior partido da oposição que acordem novo consenso quanto à localização e alertou que desperdiçar estudo é desperdiçar dinheiro dos contribuintes.

Comissão técnica do novo aeroporto pede aos 2 principais partidos novo consenso

“Já conseguiram, numa altura no passado, acordar um consenso e, com esse consenso, publicaram a Resolução do Conselho de Ministros que nomeou a Comissão Técnica Independente que fez este trabalho. A nossa recomendação é que voltem a fazer o mesmo consenso”, disse à Lusa a coordenadora da CTI, Rosário Partidário.

A CTI tornou público na segunda-feira à noite o relatório final da avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto, mantendo a recomendação de uma solução única em Alcochete ou Vendas Novas.

Tendo o clima político no país e a previsível alteração de partido no Governo, Rosário Partidário disse ter “forte esperança” que o trabalho da CTI não seja desperdiçado, o que seria “desperdiçar dinheiro dos contribuintes”.

“Façam esse consenso para tomar a decisão e avançarem com a implementação da decisão, porque tomar só a decisão não chega, a execução da decisão é urgentíssima e todos os prazos que nós estamos a colocar são prazos que só acontecem depois de se conseguir começar a pôr estudos a avançar e projetos a serem desenhados”, vincou a coordenadora da CTI.

Questionada sobre a criação por parte do PSD de um grupo de trabalho para o aeroporto, Rosário Partidário lembrou declarações do líder social-democrata em que disse ter sido responsável pelo consenso alcançado com o PS para a criação de uma CTI.

“Se ele propôs antes, pode voltar a propor [consenso]”, rematou Rosário Partidário.

Em 11 de dezembro de 2023, o presidente do PSD disse que o grupo de trabalho interno para analisar a localização do novo aeroporto de Lisboa já estava constituído e que a decisão seria tomada “nos primeiros dias” de um eventual Governo social-democrata.

A Aliança Democrática (AD), que junta PSD, CDS e PPM, com 29,49%, conseguiu 79 deputados na Assembleia da República, nas eleições legislativas de domingo, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 deputados eleitos (18,06%).

A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados. O Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares e ficou com quatro deputados.

Estão ainda por apurar os quatro deputados pela emigração, o que só acontece no dia 20 de março. Só depois dessa data, e de ouvir os partidos com representação parlamentar, o Presidente da República indigitará o novo primeiro-ministro.

MPE (RRL) // MSF

By Impala News / Lusa

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