China diz conhecer “todos os movimentos” das Forças Armadas de Taiwan

O Ministério da Defesa da China afirmou estar “ciente de todos os movimentos” das Forças Armadas de Taiwan, num período de renovadas tensões no estreito de Taiwan.

China diz conhecer

Pequim, 29 dez 2023 (Lusa) — O Ministério da Defesa da China afirmou hoje que o Exército de Libertação Popular “está ciente de todos os movimentos” das Forças Armadas de Taiwan, num período de renovadas tensões no estreito de Taiwan.

O porta-voz do Ministério da Defesa Wu Qian advertiu que Pequim vai tomar “todas as medidas necessárias para proteger a soberania nacional e integridade territorial”.

Wu acusou as autoridades do Partido Democrático Progressista (DPP) de Taiwan de “exagerar deliberadamente” a “ameaça militar” chinesa para “aumentar a tensão para fins eleitorais”.

A 13 de janeiro, realizam-se eleições presidenciais em Taiwan, cujo resultado determinará o rumo da política em relação à China, que reivindica a soberania sobre a ilha.

O candidato do DPP, partido tradicionalmente pró-independência, lidera as sondagens, contra os partidos da oposição Kuomintang (Partido Nacionalista) e o Partido do Povo de Taiwan (TPP), que inicialmente iam disputar as eleições como uma frente unida, mas não chegaram a acordo sobre um candidato comum à presidência.

Os dois mandatos da atual Presidente, Tsai Ing-wen, que não pode candidatar-se a um terceiro mandato, foram marcados por tensões acrescidas com a China, especialmente desde o verão passado, por causa da visita da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA Nancy Pelosi, numa deslocação que suscitou a ira de Pequim.

A sombra da China, que Taiwan acusa de querer interferir no resultado da votação através de pressões militares e económicas, paira sobre as eleições.

Taiwan, para onde o exército nacionalista chinês se retirou depois de ter sido derrotado pelas tropas comunistas na guerra civil, é governada de forma autónoma desde 1949, embora a China reivindique a soberania da ilha, que considera uma província sua e para cuja “reunificação” não exclui o uso da força.

 

JPI // EJ

By Impala News / Lusa

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