Chanceler Olaf Scholz apela à defesa do ideal europeu saído da Segunda Guerra Mundial
O chanceler cessante alemão, Olaf Scholz, apelou hoje à defesa do ideal europeu surgido após a Segunda Guerra Mundial, durante as comemorações do octogésimo aniversário da libertação do campo de concentração nazi de Neuengamme, perto da cidade de Hamburgo.

Uma das lições essenciais dos crimes cometidos pelos nazis é a “profunda convicção” de que os europeus devem deixar para trás a guerra neste continente, disse Scholz durante a cerimónia, onde mais uma vez condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia como uma violação deste acordo.
Diante de uma Europa de “reconciliação, liberdade e democracia” e de sociedades que combatem o antissemitismo e o racismo e protegem a dignidade humana, “autocratas, extremistas e populistas” estão a posicionar-se em todo o mundo, procurando “atacar e destruir esses ideais”, afirmou o chanceler, citado pela agência EFE.
“Não podemos permitir isso, a Alemanha em particular não pode permitir isso. Porque devemos estar cientes dos abismos aos quais o imperialismo, a privação de direitos e o ódio racial levam”, disse.
No discurso, Scholz lembrou que pelo menos 100.000 prisioneiros de toda a Europa passaram por Neuengamme, o maior dos campos de concentração estabelecidos pela SS nazi no noroeste da Alemanha.
Pelo menos 42.900 prisioneiros de Neuengamme perderam a vida durante a estadia no campo, executados, enforcados ou devido às condições desumanas, disse o chanceler, enfatizando que os crimes ocorreram “à vista de todos”.
A cerimónia no antigo campo de concentração contou com a presença de delegações e familiares de ex-prisioneiros da Bélgica, Dinamarca, Croácia, Espanha, Estados Unidos, França, Israel, Itália, Holanda, Bolonha, Suíça e Reino Unido.
DA // SSS
By Impala News / Lusa
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