Câmara de Lisboa aprova 2 ME para projetos de ‘Housing First’ destinados a sem-abrigo

A Câmara Municipal de Lisboa aprovou hoje o reforço do apoio a pessoas em situação de sem-abrigo, financiando seis projetos de ‘Housing First’, com 240 casas de transição acompanhada, num investimento de “cerca de 2 milhões de euros”.

Câmara de Lisboa aprova 2 ME para projetos de 'Housing First' destinados a sem-abrigo

Em reunião privada do executivo camarário, as propostas apresentadas pela vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Sofia Athayde (CDS-PP), foram aprovadas por unanimidade, prevendo “o financiamento a seis projetos de ‘Housing First’ (casas de transição acompanhada), contemplando 240 habitações e alojamento de emergência com 25 vagas, por um período de 12 meses”.

De acordo com a Câmara Municipal de Lisboa (CML), o investimento no modelo ‘Housing First’, em que às pessoas em situação de sem-abrigo é atribuída uma casa de transição acompanhada, “permite que seja possível reintegrá-las socialmente evitando que regressem às ruas, local onde se desestruturam as suas relações sociais”.

Realçando que taxa de sucesso deste modelo tem sido de “cerca de 90%”, o município defendeu que, quanto maior for a antecipação na atribuição de uma casa de transição à pessoa que fica em situação de sem-abrigo, maior as probabilidades de sucesso no seu processo de reintegração.

Na perspetiva da vereadora Sofia Athayde, citada em comunicado da CML, “as casas de transição acompanhada, modelo ‘Housing First’, estão a demonstrar resultados encorajadores na reintegração das pessoas em situação de sem-abrigo, evitando que retornem à rua e permitindo o seu acompanhamento de saúde, entre ele o psicossocial, essencial para debelar este fenómeno”.

As propostas hoje aprovadas rondam um investimento de “cerca de 2 milhões de euros” por parte do município de Lisboa.

Entre os beneficiários do financiamento para os projetos ‘Housing First’ estão a Associação para o Estudo e Integração Psicossocial (AEIPS), com 90 habitações, e a Crescer na Maior – Associação de Intervenção Comunitária, com 70 casas de transição acompanhada.

Outros dos beneficiários são o GAT – Grupo de Ativistas em Tratamento, com 40 habitações, a VITAE — Associação de Solidariedade e Desenvolvimento Internacional, com 40 casas, e a AVA — Associação Vida Autónoma, para dar continuidade ao projeto “Residência Solidária de Lisboa”, destinado a acolher 25 pessoas em situação de sem-abrigo, informou a CML.

Atualmente, o executivo da Câmara de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) — que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta –, três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.

SSM // MCL

By Impala News / Lusa

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