Câmara de Évora apresenta queixa-crime contra desconhecidos por vandalismo

A Câmara de Évora vai apresentar uma queixa-crime no Ministério Público pela vandalização de placas identificativas da cidade, de sinalética e de postes com bandeiras do centenário do PCP.

Câmara de Évora apresenta queixa-crime contra desconhecidos por vandalismo

A Câmara de Évora vai apresentar uma queixa-crime no Ministério Público pela vandalização de placas identificativas da cidade, de sinalética e de postes com bandeiras do centenário do PCP.

“O município, como é seu habito e até obrigação, é a lei que o determina, apresentará uma queixa-crime contra desconhecidos por estes atos”, disse hoje à agência Lusa o presidente da autarquia, Carlos Pinto de Sá (CDU).

Segundo o autarca, durante o passado fim de semana foram vandalizadas várias placas identificativas de Évora nas entradas da cidade, em que foram inscritos nomes de países como “China e Venezuela”.

Também foi vandalizada “sinalética de outro tipo” e foram “derrubados postes com bandeiras do PCP” que tinham sido colocados para assinalar o centenário do partido, adiantou.

Pinto de Sá referiu que a autarquia já recolheu elementos sobre os atos de vandalismo e “está a preparar” a queixa-crime para a entregar no MP.

“São ações antidemocráticas que estão inseridas numa campanha de intolerância, notícias falsas, ódio e tentativa de descredibilização, que vem crescendo, em particular, nas redes socais”, realçou.

Para o presidente da Câmara de Évora, estes atos são “claramente de extrema-direita e mesmo de caráter fascizante”.

“É com preocupação que vimos não apenas o vandalismo, mas tudo aquilo que está à volta deste ambiente que permite que a extrema-direita e as ideias fascizantes possam fazer percurso numa sociedade que conquistou a liberdade e a democracia há mais de 40 anos”, assinalou.

Pinto de Sá admitiu que os atos de vandalismo em Évora podem estar relacionados com as iniciativas do PCP para assinalar o seu centenário, de entre as quais a colocação de bandeiras do partido na cidade.

“Houve até uma campanha que teve repercussões nas redes sociais relativamente ao centenário do PCP e também se refletiu em Évora”, notou, considerando que este episódio mostra a “imaturidade de um conjunto de gente que ainda não consegue viver numa sociedade democrática”.

 

 

Impala Instagram


RELACIONADOS