BE quer leques salariais para gestores de grandes empresas para acabar com desigualdades

A coordenadora do BE defendeu hoje a instituição de leques salariais para os administradores das empresas que não deve ser superior a 12 vezes o valor do salário de um trabalhador médio.

BE quer leques salariais para gestores de grandes empresas para acabar com desigualdades

Durante uma visita ao mercado semanal do Fundão, no distrito de Castelo Branco, Mariana Mortágua defendeu a instituição de leques salariais para os gestores de grandes empresas como forma de acabar com as desigualdades salariais no país.

“Esta é uma forma de subir os salários médios em grandes empresas, que apesar de terem lucros milionários, que pagam aos seus administradores salários milionários, mas que mantém um exército de trabalhadores com salário mínimo ou pouco mais”, defendeu.

A coordenadora do BE insistiu que é preciso acabar com esta “enorme desigualdade” que faz com que um gestor de uma grande empresa ganhe “100, 200 ou 300 vezes mais” do que um trabalhador médio e defendeu que esta “é também uma forma de trazer igualdade a um país tão desigual, onde se permite que um administrador ganhe tantas vezes aquilo que ganha uma pessoa esforçada que trabalha de manhã à noite para produzir o lucro”.

Mariana Mortágua salientou ainda que o salário mínimo nacional (SMN) tem aumentado a um ritmo que é insuficiente, numa alusão à proposta avançada pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, no domingo.

No encerramento do Congresso do partido, Pedro Nuno Santos propôs aumentar o salário mínimo para pelo menos 1.000 euros até ao final da próxima legislatura, em 2028, e rever o acordo de rendimentos negociado em concertação social.

“A proposta que o secretário-geral do PS apresentou faz o que faz, na verdade, é manter o SMN a um ritmo inferior ao deste ano. O SMN tem que aumentar a um ritmo superior a esse”, defendeu Mariana Mortágua.

“É preciso que os salários todos sejam arrastados pelo salário mínimo. Porque o que tem acontecido em Portugal é que os salários médios vão ficando para trás e são comidos pelo salário mínimo”, concluiu.

CCC (TA) // PC

By Impala News / Lusa

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