BE diz que AR “já tem muitos representantes da elite” e quer representar a “impaciência” do país
A coordenadora nacional do BE afirmou hoje que o parlamento “já tem muitos representantes da elite” e apelou ao voto no partido, que disse querer representar a “impaciência” do país.

“A Assembleia da República já tem muitos representantes da elite” e “dos grandes poderes”, nomeadamente “da banca, que lucra tanto”, defendeu Mariana Mortágua, em declarações aos jornalistas, minutos antes do arranque da corrida “Taxa os Ricos”, uma iniciativa do BE que decorreu esta manhã entre o Casino de Lisboa e o Parque Tejo, em Lisboa, e que juntou cerca de 200 pessoas.
A líder bloquista, que se vestiu a rigor, de equipamento desportivo, para esta corrida “simbólica” e foi recebida pelas 10:19 com aplausos dos participantes, aproveitou ainda para descansar os corredores: “aqui cada um corre ao seu ritmo”.
Em declarações aos jornalistas, a coordenadora do BE indicou que o parlamento tem “pouca gente para representar quem trabalha”, defendendo que o BE “tem pressa” em lutar por uma maior “justiça fiscal no país”.
“Sabemos que há momentos em que temos mesmo muita pressa. As pessoas estão impacientes para poder viver melhor, estão impacientes para poder ter uma casa, para não ter medo do futuro, para poderem ter esperança no futuro. E nós queremos representar essa impaciência”, afiançou.
Numa alusão às palavras do Presidente da República, a coordenadora do BE apelou ao voto no partido, sublinhando que a “mensagem” é que se vote no partido em que se acredita, pelas propostas que consideram que “são melhores para o país”, “porque no fim de contas o que vai importar são os acordos” que são possíveis alcançar “entre os deputados que estão na Assembleia”.
Mortágua assegurou que o BE está “em velocidade de cruzeiro há muito tempo” e que não faz campanha “pelo espetáculo”, referindo ainda que o partido quer “crescer”, ter “mais votos”, e consequentemente “mais deputados” para “conseguir que em Portugal se viva melhor”.
Ainda assim, admite que há “obstáculos”, dado que “há quem tenha muito poder para influenciar a política” e que “a maior parte dos partidos” não queira “taxar os mais ricos” ou “um teto às rendas”, mas assegura que o partido vai ultrapassar “todos” e não deixa “ninguém para trás”.
Nesta iniciativa, marcada em dia de dérbi entre Benfica e Sporting, que pode decidir o campeão nacional, houve também quem trouxesse camisolas do Benfica e do Sporting, ainda que vestisse a camisola oferecida pelo BE para a corrida, de cor vermelha e onde se podia ler “Taxar os Ricos”.
Mariana Mortágua cruzou a meta menos de uma hora depois do arranque da corrida e explicou, em declarações aos jornalistas, que o ponto de partida foi “simbólico”, de modo a representar “a economia de casino em que vivemos”.
E qual é o prémio nesta corrida, perguntaram os jornalistas? “O prémio é a justiça fiscal”, atirou, entre risos.
JMF // ACL
By Impala News / Lusa
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