BE diz que agressão em ação do Ergue-te resulta do “agravar da violência e ódio”
A coordenadora do BE afirmou hoje que a agressão a uma pessoa durante uma concentração do partido Ergue-te junto à sede nacional bloquista em Lisboa é consequência de “um agravar do sentimento de violência e ódio” na sociedade
“Estes fenómenos acabam por ser consequência de um agravar do sentimento de violência, do sentimento de ódio que vai crescendo na sociedade com todo o discurso de extrema-direita”, afirmou a coordenadora do BE, Mariana Mortágua.
Numa arruada no Senhor de Matosinhos, no distrito do Porto, a líder do BE esclareceu que os bloquistas não foram avisados da concentração do partido Ergue-te que ocorreu na segunda-feira em frente à sede nacional do BE em Lisboa.
“Fomos testemunhas de uma agressão que aconteceu por parte de membros desses movimentos de extrema-direita a pessoas que estavam a passar na rua, que não conhecemos e não são do BE, mas que estavam a passar na rua e que foram espancadas e agredidas por esses movimentos”, referiu.
Mariana Mortágua esclareceu que os bloquistas comunicaram às autoridades tanto a realização da concentração como a agressão de que foram testemunhas.
“Quando se semeia um discurso de ódio a violência vai aumentando e neste episodio, infelizmente, há uma vitima”, lamentou, defendendo a necessidade de se atuar sobre estes movimentos.
“É sobre estes grupos de gangue e de crime que é crime atuar porque cria uma enorme sensação de insegurança na sociedade”, referiu.
De acordo com a CNN Portugal, a concentração foi organizada pelo partido Ergue-te. Nas imagens divulgadas pelo canal é possível ver algumas pessoas na Rua da Palma, em frente à sede bloquista, com bandeiras do partido Ergue-te e um homem a ser agredido violentamente por vários cidadãos presentes na ação.
Nas imagens, também divulgadas nas redes sociais, é possível ver o cabeça-de-lista do partido Ergue-te às eleições europeias, o antigo juiz Rui Fonseca e Castro, a discursar perante os presentes. O antigo juiz não aparece envolvido nas agressões, testemunhando-as e continuando a falar.
Contactado pela CNN Portugal, o antigo juiz justificou o sucedido dizendo que “os membros do partido foram provocados pelo homem”.
A agência Lusa já contactou o Ministério Público mas até ao momento não obteve resposta.
SPC (ARL) // JPS
By Impala News / Lusa
Siga a Impala no Instagram