Assis considera que não eleição de Santos Silva seria uma “perda para o parlamento”

O dirigente do PS Francisco Assis considerou hoje que, caso Augusto Santos Silva não seja eleito deputado, seria uma “perda para o parlamento”, mas antecipou que vai continuar “a contribuir para a vida democrática portuguesa”.

Assis considera que não eleição de Santos Silva seria uma

Em declarações aos jornalistas após ter participado na apresentação do livro “O Príncipe da Democracia, uma biografia de Francisco Lucas Pires”, em Lisboa, Francisco Assis reagiu à possibilidade de o ainda presidente do parlamento, Augusto Santos Silva, não conseguir ser eleito pelo círculo eleitoral de Fora da Europa.

“Se isso se confirmar, reajo com profunda tristeza, porque entendo que é uma perda para o parlamento português. Não é uma perda para a democracia portuguesa, porque o professor Augusto Santos Silva vai continuar a intervir e a participar na vida pública”, sublinhou.

O antigo líder parlamentar do PS saudou o facto de Santos Silva ter aceitado “ser candidato um circunstâncias difíceis, num círculo eleitoral particularmente complicado”, considerando que é “um gesto de coragem e de homenagem à democracia”.

“Se porventura se concretizar a sua não eleição, é algo que deve ser devidamente valorizado, mas ser ou não ser deputado não é a questão essencial para uma personalidade com a dimensão de Augusto Santos Silva, que vai continuar a contribuir para o PS e para a vida democrática portuguesa”, reforçou.

Francisco Assis, que foi eleito deputado nestas eleições pelo círculo eleitoral do Porto, abordou ainda o atual cenário político, salientando que cabe ao PS “ser um partido de oposição” e que, “em democracia é tão digno e tão importante estar na oposição como estar no poder, e exige o mesmo grau de responsabilidade”.

O também antigo presidente do Conselho Económico e Social (CES) manifestou-se convicto de que o PS irá ser uma “oposição séria, firme e contundente, de modo a que se perceba que há uma alternativa e um caminho de destino para o país”, mas também estará disponível para “dialogar e nalguns casos para chegar a alguns consensos” com o futuro Governo.

Questionado em que áreas é que considera que deve haver esses consensos, e se o PS deve também viabilizar um Orçamento do Estado da AD, Francisco Assis disse não querer antecipar já isso, uma vez que esta quinta-feira vai haver uma reunião da Comissão Política Nacional do PS.

“Em primeiro lugar quero dizer aos meus camaradas do PS o que penso sobre o que devem ser os caminhos que o PS deve seguir, as suas opções estratégicas fundamentais, como é que se deve situar nesta nova fase da vida política portuguesa em mais pormenor”, disse, manifestando-se disponível para partilhar a sua opinião após a reunião da Comissão Política Nacional do PS.

Interrogado se admite vir a ser o próximo líder parlamentar do PS, Francisco Assis disse que isso “está completamente fora de causa”, recordando que já desempenhou essas funções por duas vezes.

Já questionado sobre quem é que acha que deve ser o futuro líder parlamentar, Assis respondeu que há muitos deputados no PS com “todas as condições” para assumirem essas funções.

“Temos aliás um grupo parlamentar qualificado, que é um garante de que poderemos fazer uma oposição séria, alternativa, construtiva, de modo a valorizar o debate democrático”, disse.

TA // JPS

By Impala News / Lusa

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