Angola quer construir economia de base produtiva “dinâmica, diversificada e inclusiva”

O Governo angolano reiterou hoje a necessidade de construir uma economia assente numa base produtiva “dinâmica, diversificada e inclusiva”, e diz testemunhar, “com satisfação”, pelo país um movimento dinâmico de transformação da vida no campo.

Angola quer construir economia de base produtiva

“No essencial pretendemos construir uma economia assente numa base produtiva dinâmica, diversificada e inclusiva”, disse hoje o ministro de Estado para a Coordenação Económica de Angola, José de Lima Massano, destacando o bom ritmo de desenvolvimento do setor dos recursos minerais.

De acordo com o governante, além do setor dos recursos minerais, petróleo e gás, as autoridades angolanas pretendem também dar e mobilizar particular atenção aos demais setores da economia.

O ministro referiu que o objetivo é “acelerar o seu crescimento e garantir a capacidade para atender as principais necessidades da população com destaque para a cadeia de produção de alimentos e matéria-prima para a nossa ainda emergente industrialização”, frisou.

Falando na abertura de um ‘workshop’ sobre ações e projetos de responsabilidade social do setor dos recursos minerais, petróleo e gás, promovido em Luanda pelo ministério da tutela, Massano destacou também as potencialidades agrícolas do país visando a garantia da segurança alimentar.

Para o ministro de Estado angolano, ao se dinamizar o setor agrícola do país, “com generalidade de terras cultiváveis, clima propício, água em abundância e mão-de-obra disponível”, e a respetiva cadeia de valor Angola consegue garantir a segurança alimentar, criação empregos e aumentar o rendimento das famílias.

Massano recordou que o Orçamento Geral do Estado (OGE) 2024, já em execução, contém um incremento de mais de 80% ao setor agrícola e que está em curso a operacionalização de apoios financeiros em várias modalidades aos produtores.

O sistema de garantias públicas, financiamento de caixas comunitárias e o crédito agrícola de campanha são as ações em curso para potenciar o setor agrícola, como salientou o governante, dando nota que a capacidade institucional dos institutos agrários está a ser reforçada.

“E não menos importante, o início de um programa de mecanização agrícola dirigido a cooperativas de base familiar”, apontou.

O responsável da coordenação económica do Governo de João Lourenço exteriorizou igualmente “grande satisfação” por testemunhar “um pouco por todo o país um movimento dinâmico de transformação da vida no campo”.

Segundo o ministro, esse é “sem dúvidas, o caminho para a mais ampla e sustentável inclusão social” e exortou as empresas do setor dos recursos minerais a dirigirem ações de responsabilidade social para investimentos diretos em projetos de mecanização agrícola e de produção de sementes de alto rendimento.

Assinalou ainda, na sua intervenção, o papel fundamental que o setor dos recursos minerais no crescimento da economia angolana durante várias décadas, recordando que este tem o maior peso na estrutura do Produto Interno Bruto (PIB), com cerca de 30%, e é gerador de 95% das receitas de exportação.

O ministro também defendeu a necessidade de “maior participação de empresas internacionais de grande dimensão e de forte capacidade institucional”.

“Vamos continuar a trabalhar no seu desenvolvimento reconhecendo o enorme valor acrescentado que representa para a nossa economia em várias vertentes”, rematou José de Lima Massano.

O ‘workshop’ foi realizado pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, com o titular desta pasta, Diamantino Azevedo, a considerar, no seu discurso, que as ações de responsabilidade social das empresas do setor, nos domínios da edução, saúde e desporto são essenciais para o desenvolvimento sustentável das comunidades.

DYAS // VM

By Impala News / Lusa

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