Angola garante aposta na fileira da produção da mandioca para exportação de derivados

O ministro da Indústria e Comércio angolano anunciou hoje que o setor vai “promover este ano o surgimento de empresários” para apostarem na fileira da produção da mandioca, visando a exportação dos seus derivados, nomeadamente o amido.

Angola garante aposta na fileira da produção da mandioca para exportação de derivados

Victor Fernandes, que falava hoje aos jornalistas no final de um encontro que manteve com a embaixadora da Índia em Angola, recordou que Angola produz anualmente 11 milhões de toneladas de mandioca e a sua transformação e exportação deve gerar divisas para o país.

“[Queremos] aproveitar, transformar isso em produto que sirva para a exportação, porque o amido é um produto muito procurado nos países fora de Angola e teríamos aqui uma fonte muito importante de captar divisas com a exportação”, disse.

Para o governante angolano, com a atual capacidade produtiva do país, no domínio da mandioca, falta apenas colocar a indústria transformadora neste circuito e, adiantou, “é o que queremos para este ano”.

“Queremos muito promover o aparecimento dos empresários para que, com os programas que estamos a estabelecer, possam estar na fileira da mandioca para produzir a mais-valia que os outros países querem, nomeadamente o amido”, argumentou.

O órgão ministerial está neste momento a trabalhar com as associações empresariais, de empresários angolanos e estrangeiros, “para o lançamento” da respetiva indústria de produção, visando alcançar a exportação do amido, um derivado da mandioca.

“E, se tudo correr bem, dentro de algumas semanas vamos poder dar um calendário mais concreto, mas este ano queremos começar a trabalhar no tema da transformação da mandioca”, notou.

Angola é o terceiro maior produtor africano de mandioca depois da Nigéria e do Gana. O amido é usado na indústria alimentar e a China é o principal importador mundial.

 

 

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