Alan García suicidou-se esta tarde antes de ser detido

O ex-Presidente peruano Alan García suicidou-se hoje em sua casa, em Lima, pouco antes de ser preso por alegados crimes de corrupção relacionados com o caso da construtora brasileira Odebrecht.

O antigo presidente peruano, Alan García, terá morrido depois de ter disparado contra si próprio. Ia ser detido pela polícia em sua casa. Ainda foi transportado de urgência para o hospital, mas não terá resistido aos ferimentos, refere a imprensa local, citada pela RT.

Fontes médicas citadas pela agência de notícias EFE disseram que o antigo Presidente deu entrada num hospital com uma ferida de arma de fogo no lado direito da cabeça.

Segundo a EFE, o ex-Presidente (1985-1990 e 2006-2011) foi internado no hospital Casimiro Ulloa, em Lima, para onde foi levado pelos polícias que foram a sua casa para o prender. Testemunhas ouvidas pela televisão peruana indicaram que Garcia entrou naquela unidade de saúde coberto por uma manta vermelha.

Logo depois, o filho de Alan García entrou rapidamente no hospital.

Terá dado o tiro quando agentes da Divisão de Investigação Criminal de Alta Complexidade foram a casa de Alan Garcia – sobre o qual pesa desde 2018 uma ordem judicial que o interdita de sair do país -, para o deterem a garantir o cumprimento de 10 dias de prisão preventiva, ordenada pelo poder judiciário. Além de García, foi ordenada a prisão de Luis Nava e Miguel Atala, ambos colaboradores próximos do ex-Presidente e conhecidos como seus testas-de-ferro.

A situação jurídica García complicou-se depois de, no domingo, ter sido noticiado que a Odebrecht, no âmbito do acordo de cooperação que tem com o sistema judicial peruano, ter revelado que Luis Nava e o seu filho, José Antonio, receberam 4 milhões de dólares para ganhar o concurso de construção de uma linha do metro de Lima.

A Odebrecht está a ser investigada no Peru por ter pago subornos para ganhar contratos de obras de infraestrutura.

Os casos de suborno da Odebrecht no Peru já levaram à prisão do ex-Presidente Pedro Pablo Kuczynski e da líder da oposição peruana, Keiko Fujimori, filha do ex-Presidente Alberto Fujimori.

 

 

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