25 Abril: IL acusa quem quer indemnizar terceiros pelo passado de atentar contra interesses do país

O presidente da IL considerou hoje que, quem declara ser obrigação de Portugal “indemnizar terceiros” pelo passado, está a atentar “contra os interesses do país” e a reduzir-se “à função de porta-voz de sectarismos importados”.

25 Abril: IL acusa quem quer indemnizar terceiros pelo passado de atentar contra interesses do país

“Quem declara ser nossa obrigação indemnizar terceiros pelo nosso passado atenta contra os interesses do país, reduz-se à função de porta-voz de sectarismos importados e afasta-se do compromisso de representar a esmagadora maioria dos portugueses”, declarou Rui Rocha na sessão solene do 25 de Abril, no parlamento, numa reação implícita às declarações do Presidente da República, na terça-feira, sobre a necessidade de se “pagar os custos” do colonialismo.

Rui Rocha considerou que Portugal não é “menos livre” porque tem “uma longa história de quase 900 anos”.

“E não, senhor Presidente, História não é dívida. E História não obriga a penitência”, defendeu.

Neste discurso, em que salientou que, há 50 anos, uma “gaivota levantou voo”, o presidente da IL considerou que há hoje quem queira “obrigar a gaivota a voar para trás”.

“Há quem queira, por exemplo, ajustar contas com as mulheres do nosso país pela liberdade que conquistaram. Há mesmo quem queira, sob disfarces piedosos, voltar a perseguir mulheres, decidir o destino, dizer-lhes o que é e o que não é próprio delas”, criticou.

Citando Natália Correia, poeta e antiga deputada do PPD/PSD, Rui Rocha defendeu que “nunca é o caso de as mulheres voarem demasiado alto, é sempre o caso de esses que as querem sem liberdade não terem asas para as acompanhar”.

A seguir, Rui Rocha considerou que “houve um tempo em que não se podia falar de nada”, “depois veio aquele tempo em que se podia falar de tudo”, e agora vive-se “num momento em que parece que se pode falar de tudo, mas não se pode falar de nada”.

“É urgente combater esse ‘wokismo’ desnaturado que em tudo se infiltra, que quer acorrentar as gaivotas da expressão e do pensamento”, afirmou.

TA // JPS

By Impala News / Lusa

Impala Instagram


RELACIONADOS