Moçambique deve ser visto como “preferencial” para investimentos
O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, defendeu hoje, no Africa CEO Fórum, em Kigali, que Moçambique deve ser visto internacionalmente como “preferencial” para investimentos, pelo “potencial” que tem.
“Nas discussões com estes parceiros enfatizou-se a necessidade de se olhar para Moçambique como um país preferencial de investimentos, tirando o proveito do potencial existente em diversos setores, e um compromisso de continuarem a apoiar o nosso desenvolvimento económico e social”, descreveu Nyusi, que desde quarta-feira está em visita ao Ruanda.
Em Kigali, o chefe de Estado moçambicano foi recebido hoje pelo homólogo ruandês, Paul Kagame, e reuniu-se ainda com o presidente do Banco Árabe de Desenvolvimento Africano (BADEA), Sidi Ould Tah, e com o diretor da International Finance Corporation (IFC).
O Presidente ruandês e anfitrião do Africa CEO Fórum defendeu, durante o evento de hoje, que, “quanto mais unido for” o continente africano, “mais produtivo” será o “envolvimento com os parceiros”.
“A integração, para a comunidade empresarial africana, é uma oportunidade para fazer crescer os nossos mercados e tornarem-se mais competitivos. África não tem de pedir um lugar à mesa”, afirmou Kagame.
Neste fórum, o Presidente moçambicano moderou um painel sob o lema “Investir em Moçambique”.
A visita de Filipe Nyusi a Kigali termina na sexta-feira e acontece numa altura em que o Ruanda admitiu a possibilidade de reforçar o atual contingente militar de mais de 2.000 homens que está em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, face à saída em curso, prevista até julho, da missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que também apoia o combate à insurgência armada naquela província.
Questionado em abril sobre a disponibilidade do Ruanda, o Presidente de Moçambique não quis avançar detalhes.
“Não vamos expor como é que nós vamos trabalhar lá”, disse, em 18 de abril, Filipe Nyusi, garantindo apenas que Moçambique está na fase de capacitação das Forças de Defesa e Segurança nacional, ao mesmo tempo que decorre a “assistência humanitária” e a “reconstrução daquelas zonas onde estão destruídas”.
A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico, que levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio do Ruanda e da SADC, libertando distritos junto aos projetos de gás.
PVJ (LN) // MLL
By Impala News / Lusa
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