Olivia foi diagnosticada com cancro nos ovários quando tinha apenas 12 anos, tornando-se assim uma das pessoas mais novas a combater a doença que normalmente é descoberta em mulheres com cerca de 50 anos.  Após o diagnóstico, a menina teve de remover o ovário esquerdo e cerca de 15 litros de fluidos, reduzindo o seu peso corporal para um terço.

Beki Parslow, a mãe, foi alertada para a doença de Olivia em outubro de 2016, após esta ter ganho bastante peso, ainda que mal comesse. Ao notar o inchaço abdominal, a família – longe de imaginar tal diagnóstico – ainda fez piadas.

A menina acabou por ser enviada de imediato para o hospital St Richard’s em Chichester, West Sussex, Inglaterra, e dado o inchaço na barriga, até lhe foi feito um teste de gravidez. «Eu estava chocada. A Olivia é uma boa menina, não é esse tipo de menina. Ainda nem tinha iniciado a menstruação», contou a mãe.

O teste feito, para além de despistar uma possível gravidez, iria indicar os níveis de hormonas no corpo de Olivia.

Os primeiros resultados foram inconclusivos porque não mostravam sinais de tumores e Olivia tinha tantos fluidos em torno do ovário que o ultra-som que realizou também foi inconclusivo. Mas uma ressonância magnética realizada no dia seguinte à admissão no hospital, mostrou «qualquer coisa» no ovário esquerdo. Aparentemente, era dali que vinha o fluido.

«Fomos enviados de ambulância para o Hospital Southampton General , onde nos prepararam para o pior», relata a mãe da menina. Os médicos não sabiam o que iam encontrar e decidiram operar Olivia. Em novembro de 2016, Olivia foi operada e foi-lhe retirado o ovário esquerdo, bem como 15 litros de fluidos.

Felizmente, não foram encontradas evidências de cancro noutros órgãos e na semana precedente ao natal, a menina iniciou tratamentos de quimioterapia, que duraram quatro rondas.

Olivia perdeu o cabelo na totalidade e ficou bastante doente com os tratamentos, mas em abril de 2017, a notícia de que o cancro estaria em remissão, chegou.

Quatro principais sintomas de cancro nos ovários

– Dor de estômago persistente

– Inchaço persistente

– Dificuldade em comer/ sensação de estômago cheio

– Idas recorrentes à casa de banho

No Reino Unido, apenas 0,2 das mulheres diagnosticadas com cancro nos ovários têm menos de 14 anos.

Olivia vai poder ter filhos no futuro, apesar do ovário removido, ainda que lhe tivessem dito para tentar antes dos 30, uma vez que a fertilidade pode ter sido afetada.

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