Wall Street fecha em alta puxada pelas tecnológicas e com novo recorde do S&P500

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta clara, apesar de um crescimento de preços acima do esperado, puxada por resultados empresariais no setor da tecnologia que levaram mesmo o S&P500 para nível inédito.

Wall Street fecha em alta puxada pelas tecnológicas e com novo recorde do S&P500

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,61%, o tecnológico Nasdaq progrediu 1,54% e o alargado S&P500 fechou com novo recorde, depois de subir 1,12%.

A subida do índice de preços no consumidor (IPC) nos EUA demonstrou em fevereiro algum vigor ao ser de 3,2%, em termos anuais, e 0,4%, em termos mensais, depois destes valores terem sido em janeiro de 3,1% e 0,3%, respetivamente.

Apesar de esta reanimação da inflação ter provocado uma subida dos rendimentos obrigacionistas, por outro lado não atenuou o entusiasmo dos investidores com as ações.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro a 10 anos subiram de 4,09% no fecho de Wall Street na segunda-feira para 4,15% hoje e os das obrigações a dois anos passaram de 4,53% para 4,59%.

Depois de abalados no início pela tenacidade da inflação, os índices bolsistas acabaram por repartir em alta, puxados desde logo pelos resultados da Oracle.

Este conglomerado dos serviços informáticos acabou em alta de 11,71%, depois de apresentar lucros mais altos do que previsto no terceiro trimestre.

A direção da Oracle indicou que a procura era muito forte, o que a levou a desenvolver as infraestruturas dedicadas à inteligência artificial (IA) generativa nas empresas.

O fabricante de semicondutores para IA, a Nvidia, cujo título tinha caído do ‘pico’ de sexta-feira, hoje recuperou, fechando a valorizar 7,16%.

Entre as megacapitalizações da tecnologia, a Meta ganhou 3,34%, a Amazon 1,99% e a Microsoft 2,66%.

“Depois dos fortes resultados da Oracle, os investidores estão a olhar para lá da inflação, para os resultados das empresas. É uma grande alteração”, garantiu Adam Sarhan, da 50 Park Investments.

A inflação, se continua presente nas análises, “ainda é preocupação, mas deixou de ser uma ameaça e os investidores pode dar um suspiro de alívio coletivo”, avançou o analista.

Agora, os investidores estão à espera de baixa da taxa de juro de referência da Reserva Federal (Fed) em junho, ou em julho, segundo as estimativas do CME Group, com base nos contratos de futuros.

O Comité de Política Monetária (FOMC, na sigla em Inglês) da Fed vai reunir na próxima semana, em 19 e 20 março, mas não se espera qualquer corte da taxa de juro.

“O FOMC tem mais argumentos para deixar as taxas inalteradas”, as quais estão no seu nível máximo desde há mais de 20 anos, no intervalo entre 5,25% e 5,50%, apontou Chris Low, economista da FHN Financial.

“Uma descida da taxa de juro em março já estava totalmente excluída, mas os dados do IPC vêm reforçar as expectativas de uma primeira descida, mas não antes de junho”, acrescentou.

RN // RBF

By Impala News / Lusa

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