Wall Street fecha com novos máximos do selectivo Dow Jones e do alargado S&P500

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje bem melhor do que começou, o que permitiu novos recordes dos índices S&P500 e Dow Jones Industrial Average, que também beneficiaram de uma contração dos rendimentos obrigacionistas.

Wall Street fecha com novos máximos do selectivo Dow Jones e do alargado S&P500

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones valorizou 0,59%, para uns inéditos 38.333,45 pontos, e o alargado S&P500, mais representativo da praça bolsista, avançou 0,76%, para um máximo histórico de 4.927,93 pontos.

Por sua vez, o tecnológico Nasdaq progrediu 1,12%.

O recuo dos rendimentos obrigacionistas aproveitou claramente às ações na segunda parte da sessão, quando os proporcionados pelos títulos da dívida federal caíram, depois de o Departamento do Tesouro anunciar que previa endividar-se menos do que antecipado.

“O Tesouro publicou uma estimativa das suas necessidades de financiamento no primeiro trimestre de apenas 760 mil milhões de dólares, abaixo dos 816 mil milhões anunciados”, sublinhou Karl Haeling, da LBBW.

Os rendimentos das obrigações de dívida federal a 10 anos baixaram para 4,08%, ao passo que as dos títulos a dois anos desceram para 4,32%.

Perante a situação de endividamento nos EUA e o impasse existente no Congresso, este estimativa de emissão de divida federal “era uma informação muito vigiada pelos investidores, enquanto fonte de inquietação”, comentou Angelo Kourkafas, estratega de investimentos nos Edward Jones.

“O aumento desta inquietação fez subir as obrigações [o que fez descer os seus rendimentos] e pressionou no sentido da alta as ações de crescimento”, em particular as do setor da tecnologia que vão divulgar os seus resultados durante esta semana, acrescentou.

Desta forma, as cotações da Microsoft, que valorizou 1,43%, e da Meta, que ganhou 1,75%, c8jos resultados são esperados na terça e quinta-feira, respetivamente, atingiram novos máximos.

As transações foram ainda caracterizadas pela fuga ao risco, comentou Peter Cardillo, da Spartan Capital, quando são esperadas as reações dos EUA à morte de três militares em uma base militar na fronteira sírio-jordana.

Esta falta de apetite pelo risco, perante a escalada potencial da situação geopolítica, “viu-se no dólar” [uma apreciação de 0,19% face ao euro cerca das 21:25 horas de Lisboa] e nas compras de obrigações, acrescentou Cardillo.

Por outro lado, os investidores estão à espera do resultado da reunião do comité de política monetária (FOMC, na sigla em Inglês) da Reserva Federal (Fed), que conclui na quarta-feira, em particular de informações sobre um eventual calendário de descidas da taxa de juro de referência.

RN // RBF

By Impala News / Lusa

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