Wall Street encerra sem direção mas com 4.º recorde consecutivo do S&P500

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje sem direção, com os fortes ganhos da Netflix e de outras ações tecnológicas a compensarem perdas generalizadas no mercado acionista, mas que não impediram mais um recorde do S&P500.

Wall Street encerra sem direção mas com 4.º recorde consecutivo do S&P500

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,3%, ao contrário do alargado S&P500, cujo avanço tímido de 0,1% bastou para estabelecer um quarto recorde consecutivo, e do tecnológico Nasdaq que subiu 0,4%,

No princípio das trocas, as ações subiram com o anúncio dos dirigentes chineses de medidas de estímulo da segunda maior economia mundial, que se confronta com uma recuperação débil.

Em Wall Street, a Netflix terminou o dia a valorizar 10,7%, depois de ter comunicado um aumento trimestral de subscritores muito acima do esperado pelos analistas, que privilegiaram esta informação em detrimento de os resultados terem ficado aquém do previsto.

Dos outros títulos tecnológicos, destaque-se o da Microsoft, que subiu 0,9%, a beneficiar do entusiasmo com a inteligência artificial. Por ser um dos principais ‘papéis’ da praça, a sua evolução influencia muito mais os índices, como o S&P500, do que outros títulos com menos capitalização.

Os níveis recorde que os títulos têm conhecido decorrem da esperança dos investidores quanto a cortes da taxa de juro de referência da Reserva Federal (Fed).

Em concreto, esperam que o arrefecimento da inflação leve a Fed a cortar a taxa várias vezes este ano.

A única dúvida é quando é que a Fed começa a cortar e quão fundo irá.

Contudo, os operadores começaram a reduzir as suas expectativas depois de se conhecerem bons resultados económicos.

Estes ajudam a manter afastado o espetro de uma recessão, mas mantêm presente a ameaça de uma pressão acrescida sobre os preços.

O último sinal desta força da economia foi conhecido na manhã de hoje, quando um relatório preliminar sugeriu que o crescimento na produção das empresas acelerou para um máximo de sete meses.

Mas, mais importante para os dirigentes da Fed, o documento, da autoria da S&P Global, avançou que os preços cobrados pelas empresas aumentaram ao ritmo mais baio desde maio de 2020.

O relatório incluiu alguns sinais negativos, como atrasos nas entregas devido ao mau tempo, “mas, por enquanto, envia uma mensagem clara e bem-vinda de um crescimento económico resiliente e uma inflação em forte desaceleração”, disse Chris Williamson, economista-chefe da S&P Global Market Intelligence.

RN // RBF

By Impala News / Lusa

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