Preços da habitação aceleram 17,2% no 1.º trimestre de 2022

O preço mediano de alojamentos familiares transacionados em Portugal aumentou 17,2% no primeiro trimestre, face ao mesmo período de 2021, para 1.454 euros por metro quadrado (m2), segundo o Instituto Nacional de Estatística.

Preços da habitação aceleram 17,2% no 1.º trimestre de 2022

Os preços da habitação representaram um crescimento de 7,3% face ao quarto trimestre de 2021. O Algarve e a Área Metropolitana do Porto registaram no primeiro trimestre valores medianos de habitação de 2.237 euros/m2 e 1.555 euros/m2 , respetivamente, e subidas homólogas, de 22% e de 17,4%, que foram superiores aos do país (1.454 euros/m2 e +17,2%).

Estas duas sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados foram também aquelas que apresentaram valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador: território nacional (respetivamente, 2.115 Euro/m2 e 1.969 Euro/m2) e estrangeiro (2.588 Euro/m2 e 3.533 Euro/m2).

Os dados do INE revelam que também a Área Metropolitana de Lisboa (1.986 Euro/m2) e a Região Autónoma da Madeira (1.586 Euro/m2) registaram preços medianos superiores ao país, apresentando, contudo, crescimentos homólogos (+16,4% e +14,2%) inferiores à referência nacional. Diminuições homólogas dos preços da habitação no primeiro trimestre registaram-se no Alto Alentejo (-5,1%), Lezíria do Tejo (-0,6%) e na Beira Baixa (-0,5%), tendo o Alto Alentejo apresentado também o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (500 Euro/m2 ).

Entre o quarto trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022, a taxa de variação homóloga dos preços aumentou em nove dos 11 municípios com mais de 100 mil habitantes da Área Metropolitana de Lisboa. Esta aceleração foi superior à verificada a nível nacional (mais 3,1 pontos percentuais – pp) em Sintra (+7,9 pp), Setúbal (+6,5 pp) e Almada (+3,3 pp). Em Lisboa (+2,3 pp), tal como no trimestre anterior, e Cascais (+2 pp) a aceleração foi menos expressiva. Uma desaceleração dos preços foi registada pelo INE em Loures (-2 pp) e Oeiras (-1,7 pp).

Na Área Metropolitana do Porto, os municípios de Santa Maria de Feira (+13,8 pp), Vila Nova de Gaia (+6,8 pp), Gondomar (+5,3 pp) e Porto (+3,7 pp) apresentaram também um aumento das taxas de variação homólogas superiores ao país. O INE registou uma desaceleração nos outros dois municípios com mais de 100 mil habitantes: Matosinhos (- 9,8 pp) e Maia (- 2,4 pp).

Os dados revelam, segundo uma análise do instituto, uma “aparente sobrevalorização” dos valores de arrendamento, face aos valores dos preços da habitação, na maioria dos municípios da A.M. Lisboa – salientando-se a exceção do município de Lisboa –, na maioria dos municípios da A.M. Porto e, de uma forma geral, nos municípios com mais de 100 mil habitantes. Diversamente, o instituto diz notar uma subvalorização relativa das rendas na generalidade dos municípios do Algarve.

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