PJ faz buscas na casa do presidente da ANTRAL, pai do motorista de Rendeiro

A Polícia Judiciária está hoje a fazer buscas à casa do presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), que é pai do ex-motorista de João Rendeiro, confirma fonte judicial.

PJ faz buscas na casa do presidente da ANTRAL, pai do motorista de Rendeiro

Segundo a fonte, no local das buscas estão elementos do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). Entretanto, a RTP adiantou que as buscas decorrem tanto na casa do presidente da ANTRAL, Florêncio de Almeida, como na do filho, que tem o mesmo nome, e que terá sido emitido um mandado de detenção dirigido à mulher do ex-banqueiro João Rendeiro, que está fugido à Justiça.

A informação sobre as buscas tinha sido inicialmente avançada pela TVI, que adiantou que em causa estará a “compra e cedência de um apartamento de 1,1 milhões de euros por parte do ex-motorista do ex-banqueiro João Rendeiro”, que, segundo a TVI “é suspeito de branqueamento de capitais”. A TVI explica que está em causa o facto de ter “comprado um apartamento na Quinta Patino, em Cascais, junto à mansão do patrão, por 1,1 milhões de euros, a pronto pagamento, cedendo depois o usufruto do mesmo à mulher de Rendeiro, Maria de Jesus”.

A estação de televisão acrescenta que o presidente da ANTRAL está também a ser investigado no mesmo processo e pelo mesmo crime – branqueamento –, por outro negócio de que há suspeitas de ser simulado, a compra de uma casa da família Rendeiro, em 2015, por um valor abaixo dos preços de mercado e o facto de a ter revendido três anos depois por cinco vezes mais.

O antigo presidente do Banco Privado Português (BPP) João Rendeiro, condenado no final de setembro a três anos e seis meses de prisão efetiva num processo por burla qualificada, está em parte incerta, fugido à justiça. O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, aconteceu em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa. O BPP originou vários processos judiciais, envolvendo burla qualificada, falsificação de documentos e falsidade informática, bem como um outro processo relacionado com multas aplicadas pelas autoridades de supervisão bancária.

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