Mel de Castelo Branco conquista medalha de ouro em Londres

Um mel de rosmaninho produzido no concelho de Castelo Branco conquistou a medalha de ouro no concurso “London Honey Awards 2021”, distinção que a apicultora responsável vê como o “reconhecimento mundial do mel português”.

Mel de Castelo Branco conquista medalha de ouro em Londres

“O prémio é mais uma prova clara e inequívoca da qualidade do mel ‘Apijardins’ e representa o reconhecimento mundial e do valor ambiental das nossas paisagens”, apontou Filipa Almeida, a apicultora responsável pela produção do produto vencedor. Com 42 anos, Filipa Almeida é arquiteta paisagística e desde há oito anos produtora de mel, atividade que abraçou para evitar o desemprego e a consequente emigração.

Assim, criou a ‘Apijardins’, empresa que sediou na sua terra natal (Sarzedas, no concelho de Castelo Branco) e que organizou de forma a abarcar as duas áreas. Numa parte do ano, Filipa Almeida dedica-se às 300 colmeias que já possui, no outro semestre centra maior atenção aos projetos de arquitetura paisagística, desde a fase inicial até ao acompanhamento da obra.

“Aquilo que sou como apicultora e arquiteta paisagista mistura-se e nessa junção resultam sempre espaços mais ricos e floridos para pessoas e abelhas. Eu sou a mão, o cérebro e o coração com que a natureza desenha e ganha prémios”, apontou, referindo-se a diferentes distinções que tem obtido. A mais recente foi-lhe comunicada esta semana e trata-se da medalha de ouro atribuída em Londres ao “Mel Monofloral de Rosmaninho Apijardins”.

Concurso de mel contou com 280 produtos de 20 países

Com um leque de 12 juízes especialistas de 10 países diferente, o concurso contou com 280 produtos oriundos de 20 países de todo o mundo (Grécia, Itália, Estados Unidos da América, Portugal, Turquia, Eslovénia, Ucrânia, Rússia, Bulgária, Canadá e Espanha, entre outros), tendo este mel com a marca de Castelo Branco obtido a medalha de ouro.

Para Filipa Almeida trata-se da confirmação de que está a trabalhar no “sentido correto” para produzir “um mel de excelência”, ao mesmo tempo que reflete a “profissionalização que o setor está a assumir”. Mostra ainda que esta “é uma atividade que reflete a riqueza e identidade do território, capaz de contribuir para projetar a imagem do país lá fora”, como apontou.~No caso concreto, o mel da ‘Apijardins’ já tinha sido considerado o melhor mel ibérico monofloral, em 2018, num concurso em Tenerife, e também já tinha conquistado duas medalhas de prata no Internacional Taste Awards 2020, em Itália.

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