FMI diz que economia mundial está “melhor do que o esperado” exceto nos países pobres

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou hoje que a economia mundial tem resistido às crises melhor do que o esperado, mas alertou que os países de baixo rendimento tiveram resultados abaixo do previsto.

FMI diz que economia mundial está

“A economia mundial está hoje melhor do que temíamos há um ano, o crescimento está a manter-se, a inflação está a baixar e a expectativa de superarmos esta etapa de inflação alta sem recessão, a chamada ‘aterragem suave’, também se vai traduzir em melhores condições para os países de baixo rendimento”, apontou Georgieva.

No entanto, acrescentou, o impacto da pandemia e de outros choques, como a guerra na Ucrânia, “é sentido mais profundamente” nos países pobres.

“A nossa análise mostra que o medo que os choques geram nas economias avançadas e nas economias de mercados emergentes é menor do que temíamos, mas o medo nos países de baixo rendimento é maior do que esperávamos”, explicou.

Georgieva participou hoje com o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, num fórum realizado em Washington para analisar o que podem fazer os países de baixo rendimento para fomentar a estabilidade macroeconómica, promover o crescimento sustentável e inclusivo e desbloquear o progresso para os objetivos de desenvolvimento sustentável.

Segundo Georgieva, o Produto Interno Bruto (PIB) dos países de baixo rendimento está hoje 10% abaixo do projetado antes da pandemia e a maioria tem “altos níveis de endividamento” que consomem “13% do PIB”.

“O que me preocupa particularmente é que, dado que o crescimento é lento, as suas possibilidades de recuperação pioram”, disse Georgieva.

O presidente do Banco Mundial referiu que, para estes países, pagar a dívida traduz-se no adiamento de melhorias na “saúde e na educação”, por exemplo.

O FMI e o Banco Mundial realizam as suas reuniões de primavera na semana de 15 de abril, nas quais os desafios dos países de baixo rendimento serão um dos temas centrais.

EO // MSF

By Impala News / Lusa

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