Exportações portuguesas para Cabo Verde caíram ligeiramente no 2º trimestre

As exportações portuguesas para Cabo Verde caíram ligeiramente no segundo trimestre de 2017 face ao período homólogo, enquanto as importações aumentaram, com Portugal a manter-se como principal fornecedor e segundo maior cliente.

Exportações portuguesas para Cabo Verde caíram ligeiramente no 2º  trimestre

As exportações portuguesas para Cabo Verde caíram ligeiramente no segundo trimestre de 2017 face ao período homólogo, enquanto as importações aumentaram, com Portugal a manter-se como principal fornecedor e segundo maior cliente, segundo dados divulgados hoje.

De acordo com as estatísticas sobre o comércio externo de Cabo Verde relativas ao segundo trimestre deste ano, divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) de Cabo Verde, as exportações portuguesas para o país reduziram-se em 3,0 pontos percentuais, passando de 49,5% para 46,5%.

Ainda assim, assinala o INECV, Portugal lidera entre os fornecedores de Cabo Verde, seguido da Espanha, Itália e China com, respetivamente, 10,4%, 5,2% e 4,3%, do total.

Relativamente aos países clientes de Cabo Verde, a Espanha lidera a lista absorvendo, no período em causa, 69,6% do total das exportações cabo-verdianas.

Portugal ocupa o segundo lugar, com 26,3%, aumentando 7,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano de 2016.

Globalmente, as exportações de produtos cabo-verdianos registaram uma quebra de 10,8%, situando-se nos 1.302,3 milhões de escudos (cerca de 11,8 milhões de euros) relativamente ao ano anterior, enquanto as importações e as reexportações cresceram 18,1% e 66,3%, respetivamente.

Nesse mesmo período, o deficit da balança comercial aumentou 21,2% e a taxa de cobertura diminuiu em 2,3 pontos percentuais, segundo o INECV. A Europa, continua a ser o principal cliente de Cabo Verde, absorvendo cerca de 96,2% do total das exportações cabo-verdianas.

Entre os produtos exportados por Cabo Verde, os preparados e conservas de peixes ocupam o primeiro lugar, representando 54,4%, os peixes, crustáceos e moluscos ocupam o segundo lugar com 19,1% do total e o vestuário ocupa o terceiro lugar com um peso de 13,1%. Estes três produtos representaram, no período em análise, 86,5% do total das exportações de Cabo Verde. Por seu lado, as importações de Cabo Verde registaram, no período em análise, um acréscimo de 18,1%, face ao mesmo período do ano anterior.

O continente europeu continua a ser o principal fornecedor de Cabo Verde, com 76,7% do montante total, tendo aumentado 16,7 % face ao trimestre homólogo.

Registaram-se também aumentos no montante das importações provenientes da África (18,1%), da América (20,1%) e da Ásia (35,5%) e, uma redução das que tiveram como origem o Resto do Mundo (-3,4%).

Os bens de consumo foram a principal categoria de bens importados por Cabo Verde, com 46,2% do total das importações, tendo registado um aumento de 15,2% face ao segundo trimestre de 2016. Os dez principais produtos importados atingiram 48,9% do montante total das importações do país (contra os 46,7% alcançados por esses mesmos produtos no período homólogo).

As máquinas e motores (-11,2%), os cimentos (-21,9%) e o leite (-25,5%) evoluíram negativamente face ao segundo trimestre de 2016. Os restantes produtos registaram taxas de variação positivas, sendo, os reatores e caldeiras, os combustíveis e o arroz, os mais expressivos, com crescimentos de 68,7%, 69,0% e 54,1% respetivamente.

 

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