Exportações ajudam a encolher défice comercial do Japão para metade em janeiro

O Japão registou um défice comercial de 1,76 biliões de ienes (10,9 mil milhões de euros) em janeiro, cerca de metade do registado em igual período de 2023, graças às exportações, avançou o Governo

Exportações ajudam a encolher défice comercial do Japão para metade em janeiro

Ainda assim, o valor representa um agravamento em comparação com dezembro, mês em que o Japão registou um excedente comercial de 62,1 mil milhões de ienes (382 milhões de euros), de acordo com dados divulgados pelo Ministério das Finanças japonês.

As exportações do Japão cresceram quase 12% em termos homólogos em janeiro para 7,3 biliões de ienes (45,2 mil milhões de euros), graças ao aumento das vendas de veículos, peças de automóveis e máquinas para o estrangeiro.

Janeiro foi o segundo mês consecutivo em que o país registou um crescimento das exportações, maior do que as expectativas dos analistas, que antecipavam uma subida de cerca de 10%.

As importações japonesas, que têm diminuído em termos mensais há quase um ano, caíram 9,6% em termos homólogos em janeiro, para 9,1 biliões de ienes (56 mil milhões de euros), com as maiores quedas no petróleo, gás natural e minério de ferro.

Tóquio registou um défice de 959,2 mil milhões de ienes (5,92 mil milhões de euros) nas trocas com a China, o maior parceiro comercial do Japão, uma redução de 32,6% em comparação com janeiro de 2023.

Pelo contrário, o país asiático obteve um excedente de 415 mil milhões de ienes (5,1 mil milhões de euros), uma subida de 48,5%, nas trocas com os Estados Unidos, a maior economia do mundo e o segundo parceiro comercial do Japão.

Com a União Europeia, o terceiro parceiro comercial nipónico, Tóquio registou um excedente de 4,7 mil milhões de ienes (29 milhões de euros).

O défice do Japão nas trocas com o Brasil, um dos principais parceiros comerciais do país asiático, caiu 24,3%, para 73,1 mil milhões de ienes (450 milhões de euros).

O Japão registou um défice comercial recorde de 21,7 biliões de ienes (147,2 mil milhões de euros) no ano fiscal de 2022, que terminou a 31 de março de 2023.

O valor foi quase quatro vezes superior ao défice de 5,6 biliões de ienes (39,6 mil milhões de euros) registado no ano fiscal de 2021.

A última vez que o país teve um excedente comercial, de 998,6 mil milhões de ienes (6,7 mil milhões de euros), foi em 2020.

O Japão perdeu, no ano passado, o título simbólico de terceira maior economia mundial para a Alemanha, sobretudo devido à queda do iene, de acordo com dados preliminares do produto interno bruto (PIB) japonês publicados na semana passada.

No quarto trimestre, o PIB do Japão voltou a contrair (-0,1% em termos trimestrais em cadeia, em termos reais corrigidos de sazonalidade), o segundo declínio consecutivo após uma queda mais acentuada no período julho-setembro (-0,8%, de acordo com um valor revisto em baixa).

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By Impala News / Lusa

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