Economia do Brasil cresce 1,9% no primeiro trimestre com impulso da agropecuária

Impulsionada pela subida recorde de 21,6% do setor agropecuário, a economia do Brasil cresceu 1,9% no primeiro trimestre do ano face aos últimos três meses de 2022, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Economia do Brasil cresce 1,9% no primeiro trimestre com impulso da agropecuária

O PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, chegou a 2,6 biliões de reais (481 mil milhões de euros na cotação atual) em valores correntes. 

Segundo relatório divulgado pelo órgão responsável pelas estatísticas do Governo brasileiro, o crescimento do país entre janeiro e março deste ano foi 4% superior ao do primeiro trimestre de 2022.

No acumulado dos quatro trimestres terminados em março de 2023, o PIB brasileiro registou elevação de 3,3% face aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

O resultado do primeiro trimestre do ano apresentou uma forte aceleração face aos números observados no último trimestre do ano passado, quando o PIB brasileiro apresentou uma queda de 0,1%, segundo dados revisados do IBGE.

O IBGE também explicou que depois de ter sido sofrido o impacto de problemas climáticos, a subida do setor agropecuário, a maior desde 1996, foi determinante para o crescimento da economia brasileira, embora este setor tenha um peso de aproximadamente 8% da geração de riqueza no país. 

“Problemas climáticos impactaram negativamente a agropecuária ano passado e esse ano estamos com previsão de colheita recorde de soja, que representa aproximadamente 70% da colheita no trimestre, com crescimento de mais de 24% de produção. A colheita da soja é concentrada no primeiro semestre do ano”, explicou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, num comunicado. 

“Ao compararmos o quarto trimestre de um ano ruim com um primeiro trimestre bom, observamos esse crescimento expressivo da agropecuária”, acrescentou.

Ainda no campo positivo, o setor de serviços, que tem o maior peso no indicador, cresceu 0,6% no período. O resultado foi puxado, principalmente, pelos aumentos nos setores de Transportes e Atividades Financeiras, ambos com crescimento de 1,2%. 

Já a Indústria apresentou estabilidade (-0,1%) no primeiro trimestre de 2023.

A despesa de consumo das famílias (0,2%) e a despesa de consumo do Governo (0,3%) apresentaram variações positivas, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo registou queda (-3,4%). 

As exportações de bens e serviços registaram variação negativa de 0,4%. As importações de bens e serviços caíram 7,1% face ao quarto trimestre de 2022. 

CYR // JH

By Impala News / Lusa

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