Bancos europeus ainda resilientes em caso de recessão na UE mas perderiam 496 mil ME

Os bancos europeus perderiam 496 mil milhões de euros num cenário de forte contração da economia, subida dos preços e das taxas de juros no horizonte 2023-2025, mas continuariam resilientes, segundo dados divulgados pela Autoridade Bancária Europeia.

Bancos europeus ainda resilientes em caso de recessão na UE mas perderiam 496 mil ME

A Autoridade Bancária Europeia (EBA) publicou hoje os resultados dos testes de ‘stress’ efetuados a 70 instituições financeiras da União Europeia e Noruega, que cobrem 75% do setor, em que avalia a resiliência dos bancos num cenário mais adverso de crescimento do Produto Interno Bruto, de aumento dos preços e de evolução do desemprego num horizonte temporal de 2023 a 2025.

No cenário adverso considerado, a EBA prevê uma queda acumulada do Produto Interno Bruto (PIB) da União Europeia de 6% entre 2023 e 2025 e um aumento da taxa de desemprego de 6,1 pontos percentuais para 12,2% em 2025 e ainda um aumento dos preços de 19,9% para o período 2023-2025 e manutenção de taxas de juro elevadas.

Os resultados indicam que os rácios de capital Core Tier 1 (CET1) reduziriam para 10,4% em 2025, perante o cenário adverso, recuando 459 pontos base face aos 15,0% de CET1 considerados como ponto de partida — e que era a situação observada pelo conjunto destes bancos no final de 2022.

A EBA salienta que é precisamente por causa da “sólida posição” de CET1 que os bancos evidenciavam no final do ano passado que conseguiriam suportar a redução do rácio de capital em caso de uma forte recessão na União Europeia e a nível mundial.

Os resultados indicam que o conjunto das perdas ascenderia a 496 mil milhões de euros, mas que, ainda assim, “os bancos da União Europeia permaneceriam suficientemente capitalizados para continuarem a apoiar a economia mesmo em tempos de forte ‘stress'”.

Tendo em conta o atual nível de incerteza macroeconómica, a EBA salienta a importância de permanecer “vigilante” e de tanto as autoridades de supervisão como os bancos estarem preparados para um “possível agravamento das condições económicas”.

LT // MSF

By Impala News / Lusa

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