Banco do Japão mantém principais medidas da política monetária

O Banco do Japão (BoJ) optou por manter as principais medidas da política monetária, como previram analistas, numa altura em que a moeda japonesa, o iene, recuperou face ao dólar norte-americano

Banco do Japão mantém principais medidas da política monetária

O banco central japonês decidiu, por unanimidade, no final da reunião mensal de dois dias sobre política monetária, manter a taxa de juro das obrigações de curto prazo em -0,1% e continuar as compras ilimitadas de obrigações para orientar os rendimentos a 10 anos para 0%.

“A economia japonesa recuperou moderadamente” e “as condições financeiras melhoraram”, disse o BoJ, num relatório que mencionou ainda o abrandamento da inflação e expectativas de que a recuperação irá continuar.

No início do mês, o governador do BoJ, Kazuo Ueda, disse que o banco central tem já várias opções em mente para subir as taxas de juro a valores positivos, comentários que alimentaram rumores sobre uma mudança na política monetária num futuro próximo.

Estas declarações também fizeram com que a moeda japonesa subisse para 141 ienes por dólar, uma tendência que ainda se mantém.

A divergência entre a política monetária do BoJ e a de outras instituições de referência, como a Reserva Federal dos EUA e o Banco Central Europeu, tinha conduzido a uma forte desvalorização da moeda japonesa face ao dólar e ao euro desde o ano passado.

Alguns especialistas acreditam que o BoJ poderá pôr fim à sua política de taxas negativas em 2024 e eliminar outras medidas impostas para tentar atingir uma inflação em torno de 2%.

O índice de preços no consumidor do Japão subiu 2,9% em outubro, de acordo com os dados divulgados hoje pelo Governo, devido ao aumento dos preços dos alimentos e especialmente dos bens de primeira necessidade.

Mas o BoJ considera que esta inflação é de natureza importada e transitória, devido à subida global do preço das matérias-primas e da energia, não refletindo uma revitalização da economia japonesa capaz de assimilar uma subida das taxas.

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By Impala News / Lusa

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