Angola prevê produção do primeiro petróleo no ‘offshore’ da Bacia do Kwanza para 2028

A produção do primeiro petróleo no ‘offshore’ da Bacia do Kwanza deverá acontecer em 2028, disse hoje o ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, destacando as reservas estimadas de 400 milhões de barris.

Angola prevê produção do primeiro petróleo no 'offshore' da Bacia do Kwanza para 2028

Diamantino Azevedo discursava na cerimónia de assinatura da decisão final de investimento no projeto Kaminho do Bloco 20, que contempla o desenvolvimento dos campos Cameia e Golfinho, cuja entrada em produção está prevista para 2028 e 2030, respetivamente.

O Bloco 20 está localizado em águas profundas da Bacia do Kwanza, a 170 quilómetros a Sul de Luanda e a cerca de 100 quilómetros da costa angolana.

O ministro adiantou que as reservas petrolíferas do projeto estão avaliadas em cerca de 400 milhões de barris de petróleo, com uma produção estimada de 70 mil barris de petróleo por dia quando estiver a funcionar em pleno.

“Com este projeto, abre-se uma nova província petrolífera no ‘offshore’ da Bacia do Kwanza, cujo volume significante de reservas poderá contribuir para a sustentabilidade da produção nacional de petróleo a médio prazo e gerar receitas adicionais para o Estado angolano”, referiu o governante.

As instalações de produção vão ser projetadas de forma a minimizar as emissões de gases de efeito estufa, permitindo a reinjeção total de gás associado nos reservatórios e eliminando a queima rotineira de gás.

Diamantino Azevedo realçou o contributo para a descarbonização das operações petrolíferas, abordagem que pretende ver adotada como padrão nos futuros projetos de desenvolvimento.

A concessionária angolana de petróleo e gás assinou hoje com a francesa Total a decisão final de investimento em dois campos no Bloco 20/11 da Bacia do Kwanza, no valor de seis mil milhões de dólares (5,52 mil milhões de euros).

O desenvolvimento dos dois campos – Cameia e Golfinho – inserem-se no projeto Kaminho, envolvendo a conversão de um petroleiro da classe VLCC (Very Large Crude Carrier) em Unidade de Produção, Armazenamento e Descarga (FPSO), ligado a uma rede de produção submarina.

RCR // JMC

By Impala News / Lusa

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