Ampliação do terminal sul do aeroporto de Lisboa em apreciação ambiental

A ANA disse hoje à Lusa que já avançou com o projeto para ampliação do terminal sul do aeroporto de Lisboa, que se encontra em análise pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Ampliação do terminal sul do aeroporto de Lisboa em apreciação ambiental

“A ANA reafirma o seu compromisso na realização dos projetos úteis ao bom funcionamento do Aeroporto de Lisboa, tendo já avançado com o projeto de ampliação do terminal sul e criação de nova placa de estacionamento”, afirmou a gestora aeroportuária da Vinci, em resposta escrita à Lusa.

De acordo com a empresa, este projeto visa “acrescentar melhoria operacional, qualidade de serviço e desempenho ambiental” e encontra-se em apreciação ambiental pela APA.

Na quinta-feira, foi publicada em Diário da República uma resolução do Conselho de Ministros que dá à ANA quatro meses para apresentar projetos para o cumprimento das obrigações específicas de desenvolvimento no Aeroporto Humberto Delgado (AHD), em Lisboa, cujas obras têm de estar concluídas até 2027.

Segundo a ANA, esta resolução, que entrou hoje em vigor, “decorre de conversações com o Governo desde há uns anos sobre a priorização dos investimentos” naquela infraestrutura.

Questionada pela Lusa, a gestora aeroportuária disse que “recebe positivamente o esclarecimento do concedente sobre essa priorização assim como, de forma mais abrangente, sua orientação para as soluções de curto prazo no atual aeroporto enquanto não se define a solução para a expansão da capacidade aeroportuária”.

Em 07 de dezembro, o Conselho de Ministros aprovou uma resolução que determina à ANA que execute investimentos no aeroporto Humberto Delgado, com vista a mitigar os constrangimentos operacionais e de conforto dos passageiros.

Na ocasião, o secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas, Frederico Francisco, apontou que “o Governo não está a obrigar a ANA a fazer nada que ela não estivesse já obrigada a fazer, no entendimento do concedente [Estado] e do regulador [ANAC]”.

O governante lembrou ainda que, por forma a dar à ANA condições para executar os investimentos com o mínimo de perturbações possível, está prevista a desafetação de uso militar do aeródromo de Figo Maduro, anexo ao aeroporto de Lisboa, mas condicionada ao início de um investimento no ‘Pier Sul’.

Na resolução refere-se que, desde o início do contrato com o Estado, a ANA “mais do que duplicou o volume de negócio e quase quadruplicou o EBITDA [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização]”, porém, “o volume acumulado de investimentos, ao invés de acompanhar a evolução da procura e da rentabilidade da concessão, está 18,9% abaixo do previsto pela VINCI na privatização”.

MPE // JNM

By Impala News / Lusa

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