Cientistas descobrem dois tratamentos eficazes para Ébola

Cientistas descobriram em testes laboratoriais que dois tratamentos são eficazes para combater o atual surto do vírus Ébola na República Democrática do Congo.

Cientistas descobrem dois tratamentos eficazes para Ébola

Os resultados da Investigação realizada por cientistas da organização de Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) –  divulgada na Lancet Infections Diseases – mostra que os tratamentos experimentais com base de ´Remdesivir´ (antiviral) e ´ZMapp´ (anticorpos) “bloquearam o crescimento de microrganismos do vírus que causa o ébola nas células humanas em laboratório”. De acordo com o comunicado divulgado, “estes tratamentos são promissores para os pacientes recuperarem da doença mortal que, segundo o Ministério da Saúde da República Democrática do Congo, já causou 1.641 mortes.

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Ébola está sempre em mutação

No mesmo documento, os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA referem que as investigações permitiram verificar que os testes laboratoriais desenvolvidos durante o surto do Ébola na África Ocidental, entre 2014-2016, e que foram usados em pessoas para identificar o vírus do Ébola na RDCongo e nos países vizinhos estão corretos. Os cientistas denominaram os testes laboratoriais realizados de “Estirpe Ituri” e foram desenvolvidos para identificar uma estirpe diferente do vírus do Ébola.

Tratamentos adicionais

O vírus do Ébola tem na sua constituição o Ácido Ribonucleico (RNA) como único material genético e “está sempre em mutação”, referiu Laura McMullan, microbiologista da CDC e principal autora do estudo. “É de vital importância garantir que haja tratamentos contra o vírus [Ébola] que está a deixar as pessoas doentes agora”, acrescentou. Para levar a cabo a investigação, e tendo em conta a falta de amostras de pacientes infetados, os cientistas reconstruíram o vírus em laboratório usando a “genética inversa” e o nível 4 de segurança, o maior em termos de biossegurança. O último balanço do surto do Ébola na RDCongo, divulgado esta terça-feira, indica que desde o início da epidemia foram registados 2.428 casos, dos quais 2.334 confirmados em laboratório e 94 prováveis. No total, registaram-se 1.641 mortes.

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