Tragédia em Vieira do Minho: Marido entrega-se à polícia mas nega homicídio

A Polícia Judiciária (PJ) de Braga anunciou esta quinta-feira que a vítima do homicídio em Vieira do Minho «terá sido morta por esganamento, num quadro de violência conjugal».

Ana Paula Fidalgo, uma mulher de 39 anos, foi morta alegadamente pelo marido, António Fidalgo, de 44, na noite desta quarta-feira, dia 6 de março, em Vieira do Minho, distrito de Braga. Após o homicídio, o suspeito entregou-se às autoridades e ainda partilhou nas redes sociais um comentário no qual parece justificar o crime. «Um casamento a três não funciona foi feito um pedido para além [alguém] se afastar não o fez dei [deu] nisto».

A Polícia Judiciária (PJ) de Braga confirmou esta quinta-feira, num comunicado enviado às redações, que a mulher «terá sido morta por esganamento, num quadro de violência conjugal». A nota também acrescenta que existem «fortes suspeitas da prática de um crime de homicídio qualificado» por parte de António.

«Disse que agrediu a mulher, nunca disse que a matou»

Em declarações prestadas à Lusa, o advogado do suspeito garante que o homem nunca confessou ter matado a mulher às autoridades. «O meu cliente não assumiu, nem assume, a autoria do homicídio. Quando se entregou na GNR, disse que agrediu a mulher, nunca disse que a matou», afirmou o representante legal de António, João Magalhães. O advogado acrescentou que Ana Paula ainda estaria viva quando o marido, motorista profissional, terá abandonado o local do crime – parte de cima do restaurante O Refúgio do Gerês, estabelecimento que o casal explorava há alguns meses depois de ter regressado de Inglaterra, onde esteve emigrado durante cerca de 20 anos. «O que aconteceu no local após a saída do meu cliente, não sabemos», concluiu.

Sobre a alegada relação extraconjugal apontada pelo detido nas redes sociais, João Magalhães esclarece que este terá sido, de facto, o tema que terá iniciado uma discussão entre o casal na noite do assassínio. «A mulher ainda terá tentado tirar-lhe uma avultada quantia em dinheiro que ele tinha no bolso da camisa, houve zaragata, agressões, estaladas, após o que o meu cliente abandonou a casa», garante o representante legal.

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