Recorrer a maternidades privadas permite “qualidade e segurança”

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, destacou hoje que o recurso a maternidades privadas para o atendimento de grávidas de baixo risco em Lisboa e Vale do Tejo permite uma assistência “com qualidade e segurança”.

Recorrer a maternidades privadas permite

“Como ainda ontem [domingo] se provou, as medidas tomadas pela direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente recorrendo, em caso de necessidade, à prestação de serviços pelas maternidades privadas, permitem que todas as pessoas sejam atendidas com qualidade e segurança”, afirmou.

Manuel Pizarro, que falava aos jornalistas em Serpa, no distrito de Beja, à margem da iniciativa Saúde Aberta, referia-se ao caso de uma grávida que foi transferida, no domingo, do Hospital de Santa Maria para uma maternidade privada.

Admitindo que “existe uma situação de conflitualidade que agravou o funcionamento do serviço”, o titular da pasta da Saúde disse que o Governo está a trabalhar para “ultrapassar esse clima que está instalado e arranjar uma solução mais estável”.

“Neste caso, foi apenas enviada uma senhora grávida para um hospital privado. Correu tudo muito bem. O sistema está organizado e a funcionar com tranquilidade”, sublinhou.

O governante admitiu que não está satisfeito, já que pretendia que “essa conflitualidade não existisse e que não houvesse necessidade de recorrer ao serviço de terceiros”, mas pediu às utentes para se sentirem tranquilas.

“As grávidas que procuram o Santa Maria vão ser adequadamente tratadas no próprio Santa Maria, se a situação clínica o justificar, ou, num hospital privado, para onde nós enviaremos as pessoas com todo o acompanhamento, se for adequado”, disse.

Questionado sobre se este sistema pode ser replicado para outras zonas do país, o ministro indicou que o Governo apenas identificou “essa dificuldade na região de Lisboa e Vale do Tejo” e que “as outras maternidades têm funcionado de forma adequada”.

Sobre a nova greve nacional convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) para 25, 26 e 27 deste mês, Manuel Pizarro frisou que o seu ministério continua em diálogo com a classe médica.

“Eu estou apostado no diálogo, reconheço o direito à greve num contexto, mas acho que há qualquer coisa de estranho quando nós estamos ao mesmo tempo a marcar as greves e as reuniões de negociação”, assinalou. Segundo o governante, estão marcadas para esta semana reuniões com os dois sindicatos dos médicos.

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