Pedro Nuno acusa presidente Chega de mentir, Ventura acusa líder do PS de ser impreparado

O secretário-geral do PS acusou hoje o presidente do Chega de apresentar propostas sem credibilidade e mentir aos portugueses, enquanto André Ventura lembrou José Sócrates e considerou Pedro Nuno Santos impreparado para ser primeiro-ministro.

Pedro Nuno acusa presidente Chega de mentir, Ventura acusa líder do PS de ser impreparado

Pedro Nuno Santos e André Ventura protagonizaram um frente-a-frente tenso, ao longo de 39 minutos, debate que foi transmitido pela TVI e que se realizou no período de pré-campanha para as eleições legislativas antecipadas de 10 de março.

Os temas centrais do debate, em que nunca houve acordo entre os líderes do PS e do Chega, que se interromperam com grande frequência, foram justiça, saúde, fiscalidade e habitação.

Contra Pedro Nuno Santos, o presidente do Chega usou sobretudo a atuação de defesa do antigo primeiro-ministro José Sócrates na “Operação Marquês”, com a “apresentação de recursos para atrasar a justiça”.

“A mim preocupa-me a morosidade da justiça. Eu cá nunca fui condenado e, portanto, nunca senti a necessidade de recorrer. André Ventura já foi condenado por difamação e recorreu. Sentiu que deveria exercer esse direito”, assinalou Pedro Nuno Santos, procurando apontar-lhe uma contradição.

André Ventura reagiu: “Está enganado, não fui condenado por difamação. Era um cível, não tem nada a ver com crime. Não sabe do que está a falar”.

O presidente do Chega defendeu também a facilitação do arresto e do confisco de bens provenientes de corrupção, falando aqui no caso do antigo ministro socialista Manuel Pinho. O secretário-geral do PS contrapôs que essas figuras já existem no ordenamento jurídico nacional.

O secretário-geral do PS considerou que “a justiça está a funcionar” e que há mais meios para a investigação no combate à corrupção, embora admita introduzir aprofundamentos no plano legislativo.

Na saúde, o segundo tema do debate, o líder socialista disse que a proposta para que os jovens médicos formados pelo Estado sejam sujeitos a um tempo mínimo de serviço no SNS só será tomada após negociação com as estruturas representativas do setor.

Um ponto em que o presidente do Chega acusou o secretário-geral do PS de apresentar uma proposta “estalinista” para “amarrar” os médicos ao SNS. “Isto mostra bem como Pedro Nuno Santos é um candidato impreparado para ser primeiro-ministro”, completou.

Pedro Nuno Santos contra-atacou, acusando André Ventura, tal como a AD e a IL, de pretender desviar recursos para o privado e desvalorizou as suas propostas em geral.

“O André Ventura já quis extinguir o Ministério da Educação, já quis extinguir o Ministério da Saúde e o SNS, já quis acabar com o cargo de primeiro-ministro, entretanto muda. As posições de André Ventura e do Chega não são para levar a sério. Não tem um programa credível do ponto de vista financeiro, é irresponsável do ponto de vista financeiro, é irrealizável, promete tudo a todos, e, portanto, não é para levar a sério”, declarou.

 

PMF // PC

By Impala News / Lusa

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