Pacto Português para os Plásticos regista evolução mas alerta para desafios

O Pacto Português para os Plásticos (PPP), que luta contra os problemas associados à poluição por plástico, registou um crescimento de 36% de plástico reciclado em novas embalagens, mas assinala que há ainda muito para fazer.

Pacto Português para os Plásticos regista evolução mas alerta para desafios

Os dados fazem parte do 3.º relatório de progresso da iniciativa, que foi hoje divulgado e que mede o desempenho dos membros do PPP em relação a 2022, e o progresso que fizeram quanto a cinco metas para 2025.

O PPP junta, desde 2020, empresas, associações, organizações não governamentais, universidades e o Governo, numa iniciativa liderada pela Associação “Smart Waste Portugal”, que faz parte da iniciativa internacional “Plastics Pact Network”.

Atualmente juntando 116 entidades, o PPP, diz a associação em comunicado, “visa potenciar a transição para uma economia circular, na qual o plástico é considerado um recurso valioso dentro da economia e nunca uma ameaça para o ambiente”.

De acordo com o relatório, tem havido uma evolução positiva na meta 1, de “eliminar os plásticos de uso único considerados problemáticos e/ou desnecessários”, mas a meta 2 não evoluiu.

Pretende-se chegar a 100% de embalagens de plástico reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis em 2025 mas o valor estabilizou em 57% de embalagens recicláveis, e os 6% de reutilizáveis foram abaixo dos valores de 2021.

Na meta 3, de garantir que 70% ou mais das embalagens plásticas sejam efetivamente recicladas, através do aumento da recolha e reciclagem, o valor está em 38% e diz respeito a 2021. A associação considera ser “crucial” aumentar a consciencialização e o hábito de separação de materiais.

Para chegarmos a 70% é necessário “que cada pessoa em Portugal recicle pelo menos 28 quilos de embalagens de plástico por ano, e ainda estamos com cerca de 16 quilos”, disse, citada no comunicado, Patricia Carvalho, coordenadora do PPP.

Quanto à meta 4, de garantir 30% de incorporação de plástico reciclado em novas embalagens, em 2022 houve a incorporação de 15%, um crescimento de 36% relativamente a 2021.

“É bastante positivo”, diz Patrícia Carvalho, apesar de haver vários desafios em diferentes áreas para as restantes metas.

Quanto à sensibilização e educação dos consumidores, a meta 5, dizem os responsáveis que tem sido uma prioridade e que vai continuar a ser.

A associação “Smart Waste Portugal” foi criada em 2015 e tem como missão “potenciar a economia circular nas várias cadeias de valor, através da educação, inovação, colaboração e criação de novos negócios”.

FP // JMR

By Impala News / Lusa

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