Mulher é violada em Coimbra por homem que conheceu no Facebook

Uma mulher, de 54 anos, foi abusada sexualmente num encontro que tinha marcado com um homem, de 47, que conheceu através das redes sociais

Mulher é violada em Coimbra por homem que conheceu no Facebook

Um homem foi detido esta quarta-feira, dia 7 de novembro, após ter violado uma mulher, em Coimbra. A vítima e o agressor conheceram-se através da rede social Facebook e no primeiro encontro, o homem abusou sexualmente da mulher.

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De acordo com um comunicado da Polícia Judiciária (PJ) enviado esta sexta-feria, o suspeito, que trabalha na área de construção civil, vai agora responder judicialmente pela prática do crime de violação.

«[O detido] utiliza a internet para conhecer mulheres para futuros relacionamentos sexuais», adiantou uma fonte da Diretoria do Centro da PJ ao Correio da Manhã.

O caso passou-se há alguns meses. Segundo a mesma fonte, o homem terá ido buscar a vítima a casa, como tinham acordado. Foram jantar fora e quando estavam a regressar de carro para a casa da mulher, «inesperadamente», o agressor terá parado a viatura «num descampado e violou-a».

 

O arguido, que já tem antecedentes criminais por violência doméstica, esteve hoje presente em tribunal para determinação de eventuais medidas de coação.

À Lusa, Carlos Dias, subdiretor da Diretoria do Centro da PJ, alertou para os perigos de encontros «às cegas, em que tudo pode acontecer» com base em conhecimentos feitos através das redes sociais e em aplicações e ‘sites’ de encontros amorosos, sem que se saiba «quem é a pessoa com quem se vai encontrar e qual o passado dela».

«Pode ser alguém com um passado irrepreensível e ser uma excelente pessoa, como não ser», alertou Carlos Dias.

O subdiretor lembrou, a esse propósito, que a Polícia Judiciária «há muitos anos» que vem avisando para os perigos de utilização da internet e tem feitos ações de prevenção «nas escolas, designadamente quando envolve crianças, que não é este o caso, para prevenir os riscos de se fazerem encontros praticamente às cegas com desconhecidos».

Carlos Dias avisou, por outro lado, que mesmo que utilizadores de aplicações e ‘sites’ de encontros íntimos possam estar, à partida, eventualmente «disponíveis para determinado tipo de comportamentos, nem por isso deve deixar de ser respeitado pelo seu interlocutor».

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«Todas as regras de sã convivência terão de ser aplicadas também nestes casos. O facto de uma mulher ou de um homem estar inscrito seja lá onde for, isso não significa que não tenha de ter todo o respeito da pessoa com quem se encontra, porque o consentimento [para relações sexuais] tem de ser sempre uma condição», argumentou.

O responsável da PJ salientou que «alguns homens», perante uma mulher inscrita numa rede social e havendo um encontro «até exploratório para a possibilidade de haver relações sexuais, tenderão a convencer-se que isso é um dado adquirido». «Ora isso não é um dado adquirido, o consentimento tem de estar sempre presente», reafirmou Carlos Dias.

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