Morreu aos 91 anos o arquiteto japonês Arata Isozaki
O arquiteto japonês Arata Isozaki, vencedor do prémio Pritzker em 2019, morreu na quarta-feira, aos 91 anos, em Okinawa (sudoeste), noticiaram meios de comunicação social japoneses.

Ao receber o Pritzker, Isozaki disse que o interesse pela disciplina nasceu da forma como a arquitetura e uma cidade podem ser construídas a partir de um local de impacto de uma explosão. Arquiteto prolífico e cosmopolita, era conhecido por nunca ter procurado afirmar um estilo particular, mas sim por integrar os seus edifícios no ambiente da melhor forma que podia. “O meu prazer é criar coisas diferentes, não repetir a mesma coisa”, explicou, em novembro de 2017, ao ‘site’ especializado ArchDaily.
Leia depois
Morreu Pelé. Rei do futebol perde luta conta o cancro
Morreu Pelé. Rei do futebol perde luta conta o cancro do colón (… continue a ler aqui)
Entre as obras mais conhecidas estão o Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles (1986), que lançou a carreira internacional do arquiteto, o Palau Sant Jordi multiúsos em Barcelona, construído para os Jogos Olímpicos de 1992, e o Centro de Convenções do Qatar (2011), em Doha, com colunas gigantescas em forma de ramos de árvores. Construiu também numerosos edifícios culturais no Japão e na China, apartamentos de luxo em Bilbau (Espanha), a colorida sede administrativa da Disney na Florida e a Torre Allianz em Milão (2015), também conhecida como a “Torre Isozaki”. Nascido em 1931 em Oita, na ilha de Kyushu (sudoeste), Isozaki foi marcado, como toda a sua geração, pela Segunda Guerra Mundial, durante a qual a maioria das cidades japonesas foram destruídas pelos bombardeamentos norte-americanos.
“O meu prazer é criar coisas diferentes, não repetir a mesma coisa”
“Tudo estava em ruínas (…). Eu estava apenas rodeado de cabanas e abrigos. Assim, a minha primeira experiência de arquitetura foi a ausência de arquitetura, e comecei a pensar em como as pessoas podiam reconstruir casas e cidades”, disse. Cresceu entre o tradicionalismo japonês e a influência da cultura norte-americana, trazida para o arquipélago japonês durante a ocupação do pós-guerra. Isto levou-o a interessar-se cedo pelos códigos estéticos contrastantes do Oriente e do Ocidente, e a querer construir pontes entre os dois. Trabalhou com o arquiteto modernista japonês Kenzo Tange antes de criar a própria firma, em 1963, que posteriormente abriu escritórios em Espanha, Itália e China.
Siga a Impala no Instagram