Ministra da Saúde reunida com sindicatos, Ordem dos Médicos e ARS

A ministra da Saúde, Marta Temido, começou ao início da tarde as reuniões com os sindicatos e a Ordem dos Médicos, na sequência do encerramento das urgências de Ginecologia e Obstetrícia em alguns hospitais na região de Lisboa.

Ministra da Saúde reunida com sindicatos, Ordem dos Médicos e ARS

Durante a manhã, a ministra da Saúde esteve reunida como diretores clínicos de vários hospitais da região de Lisboa, disse à Lusa fonte do Ministério da Saúde. A reunião ocorreu nas instalações da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), na Avenida Estados Unidos da América, em Lisboa e à saída Marta Temido não quis prestar declarações. A reunião com a Ordem dos Médicos, os sindicatos e as administrações regionais de saúde está a decorrer no Ministério da Saúde, em Lisboa.

À entrada para a reunião na ARSLVT, em Lisboa, Marta Temido não quis prestar comentários aos jornalistas, afirmando apenas: “Trabalhar…trabalhar… não há quaisquer comentários neste momento”. Na sexta-feira, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo alertou para constrangimentos no funcionamento dos serviços de obstetrícia e ginecologia, até hoje, em vários hospitais na região de Lisboa. Nesse dia, foi noticiado o caso de uma grávida que perdeu o bebé alegadamente por falta de obstetras no hospital das Caldas da Rainha, o que levou o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste a abrir um inquérito e a participar a situação participando à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

Questionado na altura pela agência Lusa sobre o caso, o Ministério da Saúde admitiu que houve “constrangimentos na escala de ginecologia obstetrícia, impossíveis de suprir” e que, por isso, a urgência do Centro Hospitalar do Oeste estava “desviada para outros pontos” da rede do Serviço Nacional de Saúde”. “Tendo em vista o apuramento de toda e qualquer responsabilidade”, o ministério disse que instaurado um inquérito aos factos pela IGAS, adiantando que os resultados do inquérito serão tornados públicos.

A ARSLVT referiu hoje que, até ao final do dia de hoje, “haverá períodos em que alguns hospitais estarão a funcionar com limitações, ou seja, a desviar a sua urgência externa de Obstetrícia/Ginecologia para outras unidades da Região, que assegurarão a resposta do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”. Entre 10 e 12 de junho foram efetuados 192 partos nas 13 maternidades da região, adianta, apelando “à compreensão dos utentes” e lamentando, desde já, o constrangimento que, apesar de todos os meios disponibilizados, disse não ter sido possível ultrapassar.

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