Ministério Público abre processo a Rosa Grilo por ter dado bofetada ao filho

O inquérito já tem pelo menos seis meses, e remete a uma visita que o Renato fez à mãe no Estabelecimento Prisional de Tires. Rosa deu-lhe uma bofetada

O Ministério Público de Cascais abriu um processo a Rosa Grilo por alegados maus-tratos ao filho. Avança a TVI24 que o inquérito já tem pelo menos seis meses, e remete a uma visita que o menor fez à mãe no Estabelecimento Prisional de Tires, em que Rosa Grilo terá dado uma bofetada ao filho. Este facto já foi confirmado pelos pais de Rosa Grilo e até pela própria.

Por esses motivos, o Ministério Público de Cascais abriu um processo por maus-tratos. Rosa Grilo está acusada do homicídio do marido, o triatleta Luís Grilo, e a leitura da sentença está marcada para o dia 3 de março, no Tribunal de Loures, às 15:45.

A explicação de Rosa Grilo para ter agredido o filho

Rosa Grilo foi a própria a confirmar que agrediu o filho numa das visitas à prisão. Segundo a irmã do triatleta, Júlia Grilo, a viúva terá dado um estalo ao menino na presença dos avós maternos que nada fizeram para o proteger.

«A mãe agrediu-o na prisão. Deu-lhe um chapadão, agarrou-o pelos braços, e o avô e a avó não fizeram nada para acarinhar o menino», disse Júlia Grilo, numa entrevista no programa Linha Aberta na SIC, em abril de 2019.

Numa carta, Rosa Grilo explica a razão que a levou a bater no filho. A suspeita da morte de Luís Grilo diz que o filho terá sido mal educado com o avô, Américo Pina. Renato terá chamado o avô de «palhaço» e a situação terá ganho outros contornos quando o pai de Rosa Grilo lhe disse que o menino andava a gravar as conversas que tinham.

Segundo a jornalista, que cita Rosa Grilo, o adolescente sentiu necessidade de gravar as conversas que tinha com o avô materno, uma vez que, sempre que estavam juntos, Américo Pina dizia-lhe que a mãe estava inocente, que a família do pai não era a família dele e que a única pessoa que gostava dele era a mãe e os avós maternos.

Esta situação terá sido a gota de água para Rosa Grilo que acabou por dar um estalo no filho. Além disso, a mulher é acusada de ter conversas de «adultos» à frente do filho durante as visitas à prisão.

 

Luís Grilo desapareceu a 16 de julho de 2018

Luís Grilo, de 50 anos, residente na localidade das Cachoeiras, concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, desapareceu em 16 de julho de 2018. O corpo foi encontrado com sinais de violência e em adiantado estado de decomposição, mais de um mês após o desaparecimento, no concelho de Avis, distrito de Portalegre, a mais de 130 quilómetros da sua casa.

O cadáver do triatleta foi encontrado perto de Alcôrrego, num caminho de terra batida, junto à Estrada Municipal 1070, por um popular que fazia uma caminhada na zona e que alertou o posto de Avis da Guarda Nacional Republicana (GNR) para esta ocorrência.

O Ministério Público acusou Rosa Grilo e António Joaquim, com quem a viúva mantinha uma relação extraconjugal, da morte do triatleta.O crime terá sido combinado e planeado por ambos para tirar a vida a Luís Grilo, mediante o uso de arma de fogo, o que fizeram, entre o fim do dia 15.07.2018 e o início do dia seguinte, no interior da residência do casal.

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Texto: Marta Amorim | Fotos: DR

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