Mais 5.882 mortes entre 1 de março e 30 de agosto face a 2019

Entre 1 de março e 30 de agosto morreram em Portugal mais 5.882 pessoas que em igual período de 2019, uma variação resultante do aumento de mortes de pessoas com mais de 75 anos, segundo o INE.

Mais 5.882 mortes entre 1 de março e 30 de agosto face a 2019

Entre 1 de março e 30 de agosto morreram em Portugal mais 5.882 pessoas que em igual período de 2019, uma variação resultante do aumento de mortes de pessoas com mais de 75 anos, segundo o INE.

“O número total preliminar de óbitos ocorridos entre 1 de março e 30 de agosto de 2020 foi superior em 5.882 relativamente ao número dos registados em igual período em 2019 e superior em 3.757 casos relativamente ao mesmo período de 2018”, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística.

O INE adianta que a variação positiva relativamente a 2019 resulta sobretudo do acréscimo do número de óbitos em pessoas com 75 e mais anos (+ 5.162).

Os dados globais de sobre mortalidade constam dos “Indicadores de contexto demográfico e da expressão territorial da pandemia Covid-19 em Portugal” divulgados hoje pelo INE.

Especificamente sobre a pandemia de covid-19 o INE refere que “a expressão da pandemia continua a ser caracterizada por uma elevada heterogeneidade territorial”, com os dados divulgados hoje a indicarem que em 164 dos 308 municípios portugueses, os óbitos nas últimas quatro semanas (entre 03 e 30 de agosto de 2020) foram superiores ao valor homólogo de referência.

“A partir do final de agosto observa-se uma tendência de aumento do número de novos casos de covid-19, com valores acima de 2.500 novos casos a partir de 7 de setembro (valores acumulados dos últimos 7 dias) e atingindo os 3.075 novos casos (correspondentes a 3,0 novos casos por 10 mil habitantes) a 9 de setembro”, refere o INE.

Em 06 de setembro, data de referência dos últimos dados divulgados pela DGS ao nível municipal, por cada 10 mil habitantes, registaram-se, 2,4 novos casos de covid-19, sendo que em 53 municípios este valor foi superior.

Na região Norte, 29 municípios registaram um valor acima da média do país, salientando-se um conjunto de 13 municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP) e territórios limítrofes — Arouca, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Santo Tirso e Paredes, na AMP, e os municípios de Lousada, Felgueiras, Paços de Ferreira, Castelo de Paiva e Penafiel no Tâmega e Sousa, e de Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Vizela no Ave.

Com valores superiores a sete novos casos por 10 mil habitantes, destacavam-se, ainda, os municípios de Sernancelhe (Douro) e Vimioso (Terras de Trás-os-Montes).

Na Área Metropolitana de Lisboa (AML), do total de 18 municípios, 11 apresentaram valores acima do nacional: Sintra e Amadora, com cinco ou mais casos confirmados por 10 mil habitantes, seguindo-se os municípios de Vila Franca de Xira, Odivelas, Lisboa, Oeiras, Loures, Setúbal, Barreiro, Mafra e Seixal.

Também alguns municípios das regiões Centro (Arruda dos Vinhos, Santa Comba Dão, Cantanhede, Águeda e Sátão), Alentejo (Odemira, Santarém, Reguengos de Monsaraz, Campo Maior, Sines, Benavente e Mora) e Algarve (Loulé) apresentavam valores superiores ao valor nacional.

“A análise da concentração territorial dos novos casos revelou uma tendência de aumento até 14 de junho, seguida de uma progressiva redução, atingindo-se o maior nível de dispersão territorial da série de 19 de abril a 6 de setembro, a 6 de setembro”, sublinha.

No conjunto de sete dias terminados a 06 de setembro, a AML representava 40% dos novos casos do país (28% da população residente, em 2019).

“Ao longo das últimas semanas, verificou-se também um aumento do número de novos casos na AMP, registando-se uma aproximação aos valores de novos casos confirmados por 10 mil habitantes observados para o país”.

Segundo o INE, os novos casos registados nas duas áreas metropolitanas representavam a 06 de setembro mais de metade (56%) do total de novos casos do país.

A 06 de setembro existiam em Portugal 58,8 casos de covid-19 por 10 mil habitantes.

A análise de regressão da série diária dos novos casos confirmados evidencia “uma estrutura semanal caracterizada pelo registo de um maior número de casos diários, em termos relativos, em cada semana nos dias úteis de 3ª a 6ª feira, do que os apurados nos outros dias”.

 

 

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