Cerca de 330 pessoas foram resgatadas na emergência de inundação no estado de Nova Gales do Sul, a norte de Sydney.

A zona tem sido atingida desde terça-feira por fortes chuvas, o equivalente a mais de quatro meses de precipitação. A inundação já excede os recordes locais estabelecidos em 1929.

O primeiro-ministro da Nova Gales do Sul alertou que algumas áreas deverão registar até 30 centímetros de chuva nas próximas 24 horas.

Christopher Minns disse que 50 mil pessoas estão atualmente isoladas pelas águas das cheias.

“Estamos a preparar-nos para mais más notícias”, acrescentou.

O corpo de um homem de 63 anos foi recuperado de uma casa inundada em Moto, Nova Gales do Sul, na tarde de quarta-feira, disse o comissário estadual de incêndios e resgate, Jeremy Fewtrell.

Três pessoas — uma mulher de 60 anos, um homem de 25 anos e um homem de 49 anos — foram dadas como desaparecidas, disse Fewtrell.

“Temos grandes receios por estas três pessoas”, acrescentou.

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, expressou as condolências pela morte, que descreveu como trágica, na rede social X.

Cerca de 2.500 socorristas foram enviados para a região, disse Christopher Minns, juntamente com barcos de resgate, uma frota de helicópteros e centenas de drones de busca.

O ministro estadual dos Serviços de Emergência, Jihad Dib, disse que foram realizados 330 resgates nas últimas 24 horas. Os helicópteros têm sido utilizados para salvar pessoas presas em telhados e varandas devido às cheias.

“Vimos mais chuva e mais inundações na área da costa central e norte do que nunca”, disse Dib.

As cheias atingiram comunidades como Taree, Kempsey, Port Macquarie, Coffs Harbour e Bellingen, em Nova Gales do Sul.

Taree recebeu, em apenas 24 horas, a quantidade de chuva equivalente a um mês, disse Christopher Minns.

“Na área de Taree, vimos comunidades que nunca tinham sofrido inundações na história registada a sofrerem agora inundações”, disse Jeremy Fewtrell.

A região abriu 14 centros para acolher pessoas que abandonaram as habitações devido às cheias.

Do deserto árido à costa tropical, todas as zonas da Austrália foram atingidas por condições meteorológicas extremas nos últimos meses.

A temperatura média da superfície do mar em todo o país foi a mais elevada alguma vez registada em 2024, de acordo com a Universidade Nacional Australiana.

Águas mais quentes provocam mais humidade na atmosfera, o que leva a chuvas mais intensas.

O aquecimento global, provocado principalmente pela queima de petróleo, carvão e gás, é um fator que aumenta a força e a frequência dos desastres climáticos.

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By Impala News / Lusa

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