Grupo Lufthansa exige indemnização de 730.000 euros a ativistas climáticos

A Eurowings, em nome de todas as filiais do grupo Lufthansa, exige uma indemnização de 740.000 euros aos ativistas climáticos do Last Generation pelo bloqueio de pistas em três aeroportos alemães no verão passado e no outono de 2022.

Grupo Lufthansa exige indemnização de 730.000 euros a ativistas climáticos

De acordo com a edição ‘online’ de hoje do jornal “Bild am Sonntag”, a ação dos ativistas, em 13 de julho, só no aeroporto de Hamburgo (norte), afetou 57 voos do Grupo Lufthansa, incluindo Lufthansa, Eurowings e Swiss, e 8.500 passageiros.

Os prejuízos causados estão estimados em 400.000 euros, uma fatura que já foi enviada a dez ativistas, que cortaram uma vedação de acesso e entraram de bicicleta nas pistas.

De acordo com as informações fornecidas na altura pela polícia, quatro deles colaram-se ao chão nas estradas de acesso às pistas.

No aeródromo de Düsseldorf (oeste), uma ação paralela no mesmo dia impediu a descolagem de 24 aviões e 3.000 passageiros, o que teria causado prejuízos económicos às companhias aéreas de cerca de 220.000 euros.

Os membros da Last Generation explicaram, no verão passado, que estavam a protestar contra “a falta de planeamento do Governo e a falta de aplicação da lei na crise climática”.

No aeródromo de Berlim-Brandenburgo, um protesto em novembro de 2022 perturbou o horário de voo de 25 aviões e 5.000 passageiros.

Neste caso, seis ativistas receberam uma fatura conjunta de 120.000 euros, que são obrigados a pagar, embora nenhum deles tenha pago a indemnização exigida.

Os ativistas da Last Generation têm protestado na Alemanha desde o início de 2022 com bloqueios de estradas e outras ações para exigir mais proteção climática.

A mais recente foi levada a cabo em várias cidades alemãs, pulverizando árvores de Natal com tinta laranja.

A Porta de Brandemburgo, em Berlim, também foi pintada com tinta. De acordo com a administração do património de Berlim, os danos ascenderam a 115.000 euros.

Estas ações contribuíram para que Berlim voltasse a analisar se o grupo Last Generation deveria ser classificado como uma organização criminosa.

MC // EA

By Impala News / Lusa

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